O secretário especial de articulação para assuntos do Mundial de São Paulo, Gilmar Tadeu Alves, colocou o “embelezamento” da cidade como uma das prioridades para a realização da Copa do Mundo em São Paulo. Para ele, os dois focos da cidade para a realização do Mundial está na melhora estética da cidade e na qualificação das pessoas que receberão os turistas.
“Quando você convida alguém para ir para a sua casa, você não a deixa arrumada? É isso que nós vamos fazer”, afirmou o secretário. Uma das citações diretas foi o Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, que deverá ganhar melhorias estéticas. Ponto turístico da cidade, o local sofre com degradações constantes, oriundos da pobreza que vive o centro paulistano.
Gilmar Tadeu Alves explica que a medida não visa apenas a melhora estética, que poderia fazer com que o turista se interesse em voltar para São Paulo. O exemplo está no entorno do estádio de Itaquera, onde serão os jogos realizados na cidade durante a Copa do Mundo. Pobre, o bairro deve ganhar estruturas como saneamento básico onde ainda existe essa necessidade.
“Nesse caso, a casa é mais simples, mas as mudanças também vão ocorrer. No caso de Itaquera, isso ficará como herança, e mudará a vida das pessoas. Mas, em Itaquera, a grande atração é o estádio, essa é a grande mudança”, afirmou Alves.
A outra prioridade do momento, a qualificação de mão de obra, deverá vir com voluntários. “Temos muitos jovens com inglês fluente, por exemplo. Nosso plano é saber usá-los da melhor forma, organizando os voluntários para trabalhar na Copa, colocando-os em lugares-chave na cidade”, confirmou o secretário, negando que haja pouco tempo para esse trabalho.
Os dois fatores apontados por Gilmar Tadeu Alves entraram em pauta porque o secretário considera que o estádio é um assunto encerrado. Quando assumiu, era a estabilização da arena corintiana como palco para a abertura da Copa do Mundo o principal foco do trabalho.
Em junho deste ano, a Prefeitura de São Paulo aprovou um pacote de isenção fiscal avaliado em R$ 420 milhões para a Odebrecht, construtora do estádio do Corinthians. A medida tornou financeiramente viável a arena com condições para receber a abertura do Mundial, o que deve ser oficializado no mês de outubro.