Em meio à maior crise de imagem de sua história, a CBF entrou em litígio com outro patrocinador. Depois de a Gillette deixar a empresa e justificar a saída por causa da corrupção que envolve os três últimos presidentes da entidade, é a vez de a Seguros Unimed envolver-se em disputa judicial.
As duas partes entraram com um processo na Justiça para cobrar reparos do outro. A briga fez com que a logomarca da Seguros Unimed deixasse de figurar no site da CBF, algo que ocorria até a semana passada. Da mesma forma, a empresa retirou o apoio à seleção brasileira de seu site.
Segundo o “Blog do Rodrigo Mattos”, a empresa entrou com uma ação contra a CBF na Segunda Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A CBF ainda não foi notificada, mas diz que a patrocinadora deve parcelas de pagamento do patrocínio a ela, o que a motivou também a buscar reparação na Justiça.
Passando por dificuldades financeiras e com novo presidente, a seguradora tem reduzido bastante o investimento em esporte. A saída da CBF, com a qual tinha contrato até junho de 2019, ajudaria a reduzir os gastos com marketing feitos pela empresa no ano.
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Um indício de que a parceria já não ia bem foi o fato de que, durante este ano, a CBF já havia alterado o plano de seguros dos ex-campeões mundiais, que era bancado pela parceira comercial.
Procurada pela reportagem, as duas partes não responderam às solicitações de entrevista. Segundo apurou a Máquina do Esporte, o caso foi repassado aos departamentos jurídicos de ambos.
Com a saída da Seguros Unimed, a CBF fica com 12 patrocinadores, que asseguram cerca de R$ 400 milhões à entidade. Como a maioria dos acordos são em moeda estrangeira, a CBF se beneficia com o dólar alto. Só a Nike, parceira desde 1996, paga US$ 35,5 milhões para a entidade.