Em 2014, a CBF viveu um momento especial em termos de patrocínios. Com a Copa do Mundo no Brasil, a entidade conseguiu o recorde de arrecadação, turbinado pela empolgação de 14 empresas e com a alta do dólar; os contratos são fixados na moeda americana.
Com o anúncio da Copa do Mundo no Brasil, o movimento foi de ascensão. Após um período com menos marcas no Mundial de 2006, a CBF saltou para 10 parceiros na África do Sul, em 2010. Em 2014, foram 14 patrocinadores. Em quatro anos, o valor arrecadado passou de cerca R$ 220 milhões para mais de R$ 300 milhões no último ano.
Após a um período de ápice, a tendência seria de queda, de o cenário de patrocínio estar mais próximo de 2006 durante a Copa da Rússia. O mercado brasileiro está contraído, o dólar está alto e a imagem do time brasileiro está no chão após o vexatório 7 a 1 contra a Alemanha. Mas a queda não deverá acontecer.
A direção da CBF aproveitou o período da Copa e fechou contratos longos, casos da Samsung e da Englishtown. E, surpreendentemente, mesmo após o Mundial novos interessados surgiram rapidamente. Mesmo se Nestlé, Vivo e Pão de Açúcar se retirarem, dificilmente o tombo em 2015 será considerado grave.
Mais do que o apelo do time brasileiro, o cenário mostra a pobreza do esporte no Brasil, com poucas opções de investimentos. Ao se posicionar no esporte, as empresas preferem os altos valores da CBF, que mantém entrega limitada. Não há exposição, há poucas datas para ações e, no ápice de uma Copa do Mundo, seus direitos são negados pela Fifa.
A dúvida é até quando a seleção será um oásis dos investimentos esportivos.