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Sem álcool, Itaipava valoriza estádio como PDV

Segundo empresa, 40 mil latas foram vendidas na abertura de Salvador A Itaipava é uma cervejaria do Grupo Petrópolis. Por lei, estádios de futebol no…

Segundo empresa, 40 mil latas foram vendidas na abertura de Salvador

Segundo empresa, 40 mil latas foram vendidas na abertura de Salvador

A Itaipava é uma cervejaria do Grupo Petrópolis. Por lei, estádios de futebol no Brasil não podem vender bebidas alcoólicas. Ainda assim, a marca descobriu nas arenas um filão a ser explorado como ponto de venda.

O par”metro para isso é o que aconteceu no jogo de inauguração da Itaipava Arena Fonte Nova, em Salvador. O aparato recebeu um clássico entre Bahia e Vitória, válido pelo Campeonato Baiano de 2013, e teve 32.274 pagantes.

A estimativa da Itaipava é que foram vendidas 40 mil latas de cerveja sem álcool no estádio nesse dia. Como principal patrocinador do equipamento, o Grupo Petrópolis tem exclusividade na distribuição de produtos dentro do espaço.

O Grupo Petrópolis investiu R$ 100 milhões em um contrato de dez anos com o estádio de Salvador. O negócio foi o primeiro passo da companhia em um projeto para ganhar mercado no Nordeste do Brasil.

Depois, a Itaipava comprou também os naming rights da Itaipava Arena Pernambuco, que foi inaugurada na última segunda-feira, em evento que contou com a presidente Dilma Rousseff. O contrato tem a mesma duração e os mesmos valores.

“Nós temos 30 a 40 pontos de venda dentro do estádio, e essa é uma excelente oportunidade para distribuição. Os estádios não são apenas formas de construirmos marca, mas de gerarmos vendas”, explicou Douglas Costa, diretor de mercado do Grupo Petrópolis.

Enquanto isso, o núcleo de gestão formado pela construtora Odebrecht, que construiu o estádio em Pernambuco, defende uma mudança na legislação. O Brasil já vai flexibilizar o regulamento para vender cerveja durante a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo do ano que vem.

“Hoje em dia, a questão sobre bebida alcoólica nos estádios de futebol é totalmente política. Nós estamos confortáveis para dizer que a estrutura e o perfil dos novos estádios permitem a comercialização”, teorizou André Sá, diretor de marketing da Itaipava Arena Pernambuco.

A ideia de Sá se baseia no comportamento médio. Segundo ele, quando a venda de bebida alcoólica é proibida nos estádios, torcedores consomem os produtos no exterior das arenas e retardam a entrada.

“Isso cria um fluxo muito maior no lado de fora e diminui a receita gerada no estádio”, completou o executivo.

* O repórter viajou para Pernambuco como convidado da Itaipava.