A Fórmula 1 consagrou, no domingo, a temporada melancólica para o público brasileiro. Apesar da presença nas arquibancadas de Interlagos ter sido superior em relação ao evento de 2014 (136 mil contra 133 mil no final de semana), a audiência na Globo mostrou o interesse cada vez menor do público geral. E o resultado foi o pior da história para a emissora.
Nas prévias do Ibope, a Globo ficou atrás da Record com a exibição do Grande Prêmio de Interlagos. Foram apenas 10,5 pontos de média, contra 11,8 da emissora rival, que exibiu sua programação convencional, como o programa de auditório “A Hora do Faro”.
Considerando o histórico da temporada, o resultado não chega a ser uma surpresa. Eram 7,7 pontos de média até então, com o recorde negativo de três pontos registrados no GP da Malásia.
No entanto, a disputa em São Paulo costuma aquecer o público brasileiro. Foi assim em 2014, quando os índices da Fórmula 1 já não eram altos. Mesmo assim, a corrida no país chegou a 15 pontos de média. A Globo, claro, não correu riscos em sua liderança.
O GP Brasil foi o melhor desempenho do ano da F1, empatado com o GP do Canadá, disputado no mesmo horário. A derrocada da F1 acontece no momento em que a Globo tem sido questionada pela própria categoria sobre a baixa performance na audiência.
Após o chefão Bernie Ecclestone reclamar da falta de engajamento da emissora, o piloto Felipe Massa, maior expoente da F1 no país, ironizou sobre o desempenho das transmissões: “Será que é só a Fórmula 1 que tem dado pouco Ibope?”.
A considerar o resultado da seleção brasileira de futebol na TV aberta, sim. Desde a Copa do Mundo, o Brasil tem apresentado bons números no Ibope e, na sexta-feira, houve novo destaque.
Com a partida adiada contra a Argentina pelas Eliminatórias da Copa, a Globo teve 27 pontos de média. Foi mais uma mostra do apelo do time nacional, que na partida contra a Venezuela em outubro, pelo mesmo torneio, havia marcado 30 pontos de média.