No último domingo, o Flamengo retornou ao Maracanã após o período em que o estádio esteve sob os cuidados da Rio 2016. Houve outra novidade para o clube: ele atuou sem a presença da antiga concessionária, com quem mantinha uma parceria comercial. E o resultado não podia ser melhor.
Desde a reabertura do Maracanã para a Copa das Confederações, quando o estádio sofreu uma significativa reforma de suas estruturas, o Flamengo nunca tinha lucrado tanto quanto conseguiu fazer na partida contra o Corinthians. Não no valor líquido, mas sim na proporção entre a bilheteria e o que o time conseguiu arrecadar de fato.
Contra o Corinthians, o Flamengo conseguiu uma bilheteria de R$ 3,2 milhões. O time, ainda que tenha perdido parte por penhora, ficou com R$ 1,8 milhão, cerca de 56% do total. Os dois maiores custos ficaram com “preparação do estádio”, o que deve diminuir nas próximas partidas, e “operacional”. Ambos somaram quase R$ 800 mil.
Teoricamente, o antigo contrato do Flamengo com a concessionária fazia com que a bilheteria fosse separada conforme os ganhos. Em uma partida fraca, a renda era dividida em 50%. Com um melhor resultado, o clube ficara com 70%. Mas a própria diretoria flamenguista crava que nenhum resultado foi tão bom quanto o de domingo.
Em números, o melhor do Flamengo no estádio foi na Copa do Brasil de 2013. Na ocasião, o clube conseguiu uma bilheteria de R$ 9,7 milhões, com um lucro de R$ 5,6 milhões. Seria melhor do que o último fim de semana, se não fossem a penhora maior.
Para acertar as despesas operacionais do Maracanã, o Flamengo tem contado até com um novo executivo, contratado há alguns meses. Marcelo Frazão era o principal nome da concessionária do estádio, mas foi demitido quando a empresa naufragou na missão de tornar a arena sustentável. Agora, ele atua como diretor de novos negócios da equipe carioca.
Sem um contrato fixo com a gestão do estádio, o Flamengo pode estabelecer um valor de uso, de aluguel, como foi no fim de semana, epotencializar seus ganhos em grandes partidas.
Paralelamente a isso, o Flamengo estuda como tornar o Maracanã ainda mais sua casa. No último mês, o clube lançou uma nota oficial para reiterar o desejo de administrar o local. Para a diretoria do time, as equipes têm que ter protagonismo, “uma vez que são os principais originadores de conteúdo e usuários”.
