Após o Sada/Cruzeiro ser derrotado na final da Superliga Masculina, Vittorio Medioli, presidente do Grupo Sada, empresa detentora dos naming rights da equipe, enviou um comunicado à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) no qual demonstrou insatisfação com alguns pontos do regulamento da competição.
Um dos descontentamentos foi com o desequilíbrio do torneio devido à disparidade financeira entre os clubes. Sesi e RJX possuiriam vantagem em relação aos demais por serem mais endinheirados. Para o clube paulista, contudo, o sistema de ranqueamento de atletas assegura a competitividade.
“Este sistema de ranking de atletas equilibra a Superliga. Os times têm um limite para montar seus elencos e não podem contratar quantos jogadores quiserem”, afirmou Alexandre Pflug, diretor de esportes e lazer do semifinalista Sesi.
A fórmula consiste em ranquear, em uma escala de zero a sete pontos, os atletas inscritos para a disputa da Superliga. As agremiações não podem ter jogadores cuja somatória ultrapasse 32 pontos. Da mesma forma, podem inscrever, no máximo, três avaliados em sete pontos.
Além de contestar a competitividade do certame, Medioli questionou atitudes da Rede Globo, emissora detentora dos direitos de transmissão. “Os times, por imposição de CBV/Globo, não possuem nome. Quem decide o nome ridículo do time é a rede que levou os direitos televisivos, sem pagá-los aos clubes. Pelo menos, pagasse para fazer o que quer, mas é de graça”, reclamou.
“A final da Superliga se disputa em uma manhã de domingo. A grade não permite outra solução. A rede de tevê determinou, ponto final. No exterior é a melhor de três ou de cinco jogos, aproveitando a decisão para dar retorno aos patrocinadores e satisfação aos torcedores, vender camisas, dar visibilidade a quem investe”, continuou.
A reportagem da Máquina do Esporte entrou em contato com o Sada/Cruzeiro para entrevistar Vittorio Medioli, mas não obteve sucesso.