A Shark&Lion, nova agência de marketing da Federação Paulista de Golfe (FPG), tem pela frente a missão de aumentar o número de torcedores e praticantes de golfe no Estado de São Paulo. Esbarra, porém, na pouca quantidade de campos adequados e na pecha de modalidade elitista. Uma das soluções, segundo executivo, é se aproximar ao turismo.
A empresa, na verdade, nasceu na Espanha, embora hoje já tenha atuação no Brasil totalmente feita por brasileiros e executivos instalados no país latino. E é da origem, na Europa, que vem a inspiração. Desde os Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, a nação europeia se aproveita da exposição que ganhou para atrair turistas interessados em jogar golfe.
“Haverá eventos (Copa do Mundo e Jogos Olímpicos) que farão as pessoas olharem para o Brasil e pensarem em visitá-lo. Barcelona se abriu e ainda é um dos países que mais recebe estrangeiros para jogar golfe. Na América Latina, já há vários países que recebem turistas por causa desse esporte, então o turismo é uma saída”, afirma Gesner Filoso, sócio da Shark&Lion.
A união entre esporte e turismo para promover o golfe, admite o executivo, não acontecerá rapidamente. Em paralelo a isso, a agência ainda terá de trabalhar em conjunto com a FPG para ampliar o número de campos, baratear o preço de equipamentos para a prática de golfe, todos objetivos a serem trabalhados em longo prazo.
“Hoje, temos um país que está crescendo em poder de investimento e precisamos mudar a percepção que as pessoas têm do golfe, porque hoje é tido como um esporte de velho, de rico. Queremos começar a plantar um novo conceito e abrir oportunidades”, finaliza Filoso, por telefone da Espanha, à Máquina do Esporte.