A Stock Car começou no último fim de semana, com vitória de Cacá Bueno na primeira corrida do ano, em Interlagos. Mas, para a Shell, que nesta temporada decidiu ampliar em 30% o investimento em ações de marketing, para R$ 150 milhões, são as próximas etapas da categoria que oferecem oportunidades diferentes. Como o torneio passa por várias cidades, crescem as chances de relacionamento.
“É diferente da Fórmula 1, que é um grande evento concentrado em três dias, no qual tenho três mil clientes reunidos em São Paulo. Nela, tenho 12 etapas para trabalhar, então consigo diluir isso ao longo do ano, e aí a gente consegue de fato construir relacionamento”, explica Ingrid Buckmann, gerente de marca e comunicação da Raízen, também responsável por promoções e eventos.
A Shell já investe na Fórmula 1 há vários anos, inclusive com parceria de longa data com a Ferrari, uma das maiores vencedoras do circuito. A Stock é uma novidade para esta temporada, que vai de abril de 2012 a março de 2013. Antes, em agosto do ano passado, a distribuidora de combustíveis apenas tinha levado o canadense Jacques Villeneuve para correr a Corrida do Milhão.
Para ativar o patrocínio à categoria brasileira, no qual a companhia também investiu para montar uma equipe específica, Buckmann diz que a estratégia consiste em “rodear” todo o evento. Em termos de mídia, com a compra de uma das cotas da Rede Globo, e, na corrida em si, com ações de merchandising na pista, exposição de marca para o consumidor final e relacionamento com clientes.
“Para nós, não interessa simplesmente colocar a marca. Nós queremos que isso seja crível para o consumidor. E é maravilhoso, porque o etanol que o piloto usa na corrida é o mesmo que nosso público irá abastecer no posto, é exatamente o mesmo combustível, então a gente consegue fazer um trabalho bem redondo, como fazemos com a Ferrari”, acrescenta a gerente da Shell.