O advogado Peter Siemsen, 43, é o novo presidente do Fluminense. Candidato da oposição e apoiado publicamente pela Unimed, atual patrocinadora do clube, ele venceu eleição realizada na última terça-feira com 1.276 dos 2.598 votos (66%). Júlio Bueno, da situação, teve 831 sufrágios (32%). Além disso, houve 37 nulos e um branco.
Siemsen já começou, aliás, a montar a nova diretoria do Fluminense. Ele determinou, por exemplo, que Idel Halfen será o novo vice-presidente de marketing do clube. Carlos Eduardo Cardoso terá o mesmo cargo na área jurídica, José Mohamed será responsável pelo administrativo, Marcelo Chenioux ficará com finanças, Sandro Lima assumirá os esportes olímpicos e Ricardo Martins ocupará a vice-presidência geral.
O curioso é que o novo presidente não falou nada sobre o comando do futebol. O silêncio sobre o futuro dessa área no clube deve-se à fase decisiva do Campeonato Brasileiro. No próximo domingo, na última rodada do torneio nacional, o time tricolor precisa apenas de um triunfo sobre o Guarani no Engenhão para conquistar o título.
Antes da eleição, o discurso de Siemsen sobre o futebol sempre foi o de manutenção do atual modelo, com participação ativa da Unimed na contratação de atletas e na gestão do elenco. A principal mudança que ele previu é uma aproximação maior da empresa com o clube, que espera ajudar nas decisões.
A principal mudança que Siemsen prometeu para o Fluminense antes da eleição é a construção de um centro de treinamentos para o futebol, coisa que o técnico Muricy Ramalho vem exigindo constantemente. O projeto deve consumir R$ 20 milhões, mas a nova diretoria ainda não disse qual será a origem das receitas.