No mesmo momento em que a Fifa quer coibir que investidores tenham direitos federativos sobre jogadores, uma empresa do Brasil lançou algo similar no país. A Panela FC dá o direito de o torcedor fazer parte dos clubes de futebol e investir nos direitos econômicos dos atletas. A empresa irá negociar a compra e a venda de porcentagens dos jogadores.
Um dos sócios do site é Roberto de Assis Moreira, irmão e agente de Ronaldinho Gaúcho, que é o garoto-propaganda do empreendimento.
De acordo com a assessoria de imprensa do Panela FC, os direitos dos atletas permanecem com os clubes, o que garantiria a legalidade da operação.
A plataforma de negócios online quer criar uma grande parceria com os clubes, para que esses possam se capitalizar para manter seus principais atletas e revelações por mais tempo. Além disso, os atletas poderão ter uma possibilidade de aposentadoria, já que um percentual sobre as transações irá para uma previdência privada, resgatável após o fim da carreira.
Já os torcedores, além de acompanhar seu clube de preferência, também poderão ser donos de parte dos direitos federativos dos atletas e terão a chance de lucrar com uma eventual transação.
“O Panela FC foi feito para romper o muro que separa o torcedor do mundo do futebol. Agora, qualquer um vai poder entrar num processo que antes era possível apenas para grandes empresários”, diz Diego Fernandes, CEO e idealizador da empresa.
O Panela FC já conta com parceria das federações estaduais de Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Maranhão e Paraíba. O novo modelo de negócio já conta com uma lista de clubes como Remo, Sampaio Corrêa, América-RN, CSA, Linense, Grêmio Barueri, Gama e Treze-PB. A iniciativa também já chegou em Portugal, com participação de Porto, Marítimo, Vitória de Guimarães e Trofense. A Argentina é o próximo país que deve integrar o portfólio.
O site (www.panelafc.com.br) já conta com o cadastro de mais de 30 atletas para o pontapé inicial nas negociações.
Toda semana, nove jogadores serão apresentados na home do site. Elaborado o cadastro, o torcedor terá que comprar paneletas, a moeda oficial da plataforma, para iniciar seus investimentos. “O torcedor não poderá fazer a compra de 100% dos direitos econômicos de um jogador. Cada torcedor poderá investir 5.000 paneletas em cada atleta”, diz o empresário.
O pagamento poderá ser por débito bancário ou cartão de débito e crédito. “O departamento jurídico do Panela assegura ao torcedor que ele receberá o que é seu por direito”, afirma a advogada Gislaine Nunes, responsável pela área jurídica do portal.