“Corri a maratona de Nova York aos 50 anos e decidi que, no ano seguinte, criaria a maratona de Jerusalém. Eu me reuni com o prefeito de Nova York na época, Michael Bloomberg, e perguntei como fazer para as pessoas irem para a corrida e também aproveitar a cidade de Jerusalém”.
A frase é contada com empolgação por Nir Barkat, prefeito de Jerusalém, ao explicar o que o motivou a montar a maratona na cidade. Projeto pessoal de Barkat, a corrida tem o prefeito como figura onipresente. E isso impede de certa forma o crescimento da prova como negócio.
Em sua sexta edição, a Maratona de Jerusalém teve 15.330 participantes, cerca de dez mil pessoas a menos do que foi divulgado pelo Ministério do Turismo, órgão responsável pela organização do evento.
Patrocinadores, até hoje, são apenas dois. A empresa financeira Winner e a marca de material esportivo New Balance, que fez movimento recente de investimento no patrocínio a maratonas. Para uma cidade rica como Jerusalém, ainda é uma fonte pequena de receita na prova que já se tornou a maior de Israel.
“Corremos sobre lugares em que reis e profetas caminhavam há mais de 3 mil anos. Você se conecta com a história, com a religião, qualquer uma que ela seja. Você pode ver o quão é aberta a cidade, o ar é fresco, sempre limpo. É uma situação única”, afirma Barkat, ao dizer os diferenciais da maratona na cidade para turistas.
De fato, a prova é única, ao ter um percurso que passa por lugares históricos de toda a humanidade. E é isso que o governo tenta a todo momento vender ao estrangeiro. “É uma prova de tirar o fôlego. Em todos os sentidos”, brinca Barkat, referindo-se também às subidas do trajeto que, realmente, são de tirar o fôlego.