O São Paulo apresentou nesta terça-feira (20) o projeto de construção da cobertura para o estádio Morumbi, hotel e espaço para shows. O empreendimento foi assumido pela Andrade Gutierrez, e a construtora terá em contrapartida áreas comerciais por vários anos. De onde vem o dinheiro, entretanto, ainda é um mistério a ser desvendado.
O orçamento de toda a obra deve variar entre R$ 300 milhões e R$ 400 milhões, segundo José Francisco Manssur, assessor da presidência são-paulina. Nenhum centavo irá sair dos cofres do clube ou da Andrade Gutierrez, e sim de investidores, entre operadores do espaço para shows, do hotel e empresas interessadas em naming rights.
Já há negócios encaminhados nessas vertentes, segundo Manssur, mas os nomes das companhias serão mantidos em sigilo até que elas permitam a divulgação. “Ainda não podemos abrir os parceiros”, disse o dirigente em evento realizado na arena nesta terça. A única certeza é que essas fontes de renda terão de pagar toda a obra.
Essa engenharia financeira montada para modernizar o estádio, composta por clube, construtora e patrocinadores, foi idealizada por Adalberto Baptista, ex-diretor de marketing e atual diretor de futebol. “Ele voltou de Amsterdã com a ideia de fazer uma arena de 25 mil lugares para não ter de parar o futebol”, afirmou o assessor.
O São Paulo, no entanto, irá sofrer algum tempo sem ter o Morumbi para jogar. Os planos da cúpula tricolor são interditar a arena gradativamente, sempre mantendo no mínimo 25 mil lugares disponíveis para partidas oficiais, mas todo o local terá de ser interditado. Para esse momento, espera-se que coincida com as férias.
Outro ponto ainda indefinido é o tempo de contrato entre a Andrade Gutierrez e a equipe paulista. De acordo com pré-estudo feito e citado por Manssur na ocasião, esse período terá de ser suficiente para compensar os investidores com taxa de lucro acima dos índices bancários e gerar algum lucro para a construtora e o clube.
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