Qranio é uma startup mineira fundada há três anos por Samir Iásbeck que ganhou aporte da Wayra Brasil, aceleradora global de empresas que pertence à Telefônica. O aplicativo dela, um quiz, hoje tem 1 milhão de usuários. Acertou questões, ganhou dinheiro virtual para trocar por prêmios. E o que esta empresa tem a ver com esporte? Até pouco tempo atrás, nada. Hoje, o futebol passa a ser um trunfo para crescer mais rapidamente e chegar a novos públicos.
O empresário fechou parcerias com Flamengo, Fluminense, América-MG e Benfica e tem outros dois clubes prestes a ser anunciados, um grande espanhol e um grande brasileiro. Cada time ganha um aplicativo próprio, no qual torcedores participam do quiz e podem trocar dinheiro por produtos, como camisas, ou experiências, como bater um pênalti no goleiro, tomar café da manhã com o técnico ou levar o filho para conhecer um ídolo.
A sacada, por parte do Qranio, é que esses fãs serão convidados a responder perguntas de matemática, ciências, enfim, questões de outros clientes. “O objetivo é pegar assuntos altamente cobiçados, como o futebol, para atrair pessoas e cruzar conteúdos”, diz Iásbeck.
Para os clubes, há possibilidade de gerar receita, pois usuários “viciados” podem gastar dinheiro de verdade para acessar a novos níveis. Mas o principal ganho, quase imensurável, é engajar a torcida, que passa a saber mais do passado do time.