A implementação do horário das 11 horas da manhã de domingo tem sido usada pela CBF no último ano como exemplo inovação exitosa. E havia razão: em 2015, quando a faixa foi estreada no Brasileirão, a média ficou em cerca de 25 mil pessoas, bem acima da média final do torneio. Neste ano, por outro lado, parece que a empolgação com a novidade já não tem sido a mesma.
Até o momento, foram quatro jogos disputados às 11 horas de domingo. Os dois primeiros não têm comparação com a temporada passada; Botafogo e Santa Cruz fizeram a reestreia na Série A. E, até por isso, dá para dizer que o público não esteve à altura do evento. O Arruda, acostumado com grandes multidões, ficou com 20 mil pagantes. Já o Botafogo foi acompanhado por apenas 5 mil pessoas.
Na segunda rodada, no entanto, foi o momento em que a falta de apelo para o horário ficou mais claro. O Santos recebeu o Coritiba na Vila Belmiro com 7,4 mil pagantes. Em 2015, o time paulista fez três jogos nessa faixa, no mesmo estádio, e nenhum deles teve menos de 11 mil pessoas presentes.
O mesmo se repete com o Atlético Paranaense, que enfrentou o Atlético Mineiro com 11 mil pessoas na Arena da Baixada. O time também teve três jogos nesse horário em 2015, sempre com mais de 12 mil presentes. Contra o Sport, o estádio chegou a receber 27 mil pessoas.
Na próxima rodada, a queda deverá se repetir, ainda que o momento do time vá pesar mais nesse contexto. O Corinthians será o único mandante com jogo às 11 horas, em partida contra a Ponte Preta. Em 2015, o time atuou duas vezes no horário, e em ambas as oportunidades colocou 41 mil pagantes na arena em Itaquera. Se hoje o time não vence há cinco jogos, no último torneio ele lutava pelo título.
Neste ano, a CBF prometeu colocar mais um novo horário no Campeonato Brasileiro, o que poderia causar a mesma empolgação. Porém, as partidas de segunda-feira, às 20 horas, ainda não têm data para estrear.