A Copa Sul-Americana, nem sempre muito valorizada pelos clubes brasileiros, pode ser tornar fonte de alívio para o Fluminense. E a questão não está só em campo, na possibilidade de ganhar um título inédito, mas na sustentação de uma decisão que o clube tomou em agosto: apostar no Maracanã como casa do time até o fim do ano.
No Campeonato Brasileiro, o time não teve bons resultados mesmo após a renegociação com a administração do estádio, que diminuiu os custos para que equipe pudesse atuar sem maiores prejuízos. Na partida contra o Atlético Mineiro, há 20 dias, o time teve apenas 10 mil pessoas na partida, realizada na noite de segunda-feira. Como resultado, um déficit de R$ 239 mil.
Nesta quinta-feira (13), o jogo deve virar para o Fluminense, mesmo que a renda da partida não deva ser alta. O time colocou os ingressos em preços promocionais, com tíquetes entre R$ 20 e R$ 40. A expectativa é que o clube tenha o maior público deste ano contra a LDU.
Até quarta-feira (13), mais de 30 mil entradas haviam sido comercializadas. À noite, 40 mil pagantes são esperados para o duelo contra a LDU, mais do que os 34 mil que viram a partidas contra o Flamengo, pelo Estadual do Rio de Janeiro deste ano, o atual recorde de público da equipe em 2017.
Além do ingresso mais barato, o Fluminense tem promovido a partida em suas redes sociais, com a campanha especialmente para a Sul-Americana. Desde que retornou ao Maracanã, o time tem divulgado a ideia “Abrace o Flu”, para que a torcida encha o estádio até o fim deste ano.
Com o apelo do jogo da Sul-Americana, a partida foi escolhida até para apresentar um novo patrocinador. Time irá estrear o uniforme com a marca da Lafe Laboratório no peito da camisa, entre o escudo da equipe e da Under Armour. O acordo assinado será válido até o fim deste ano, e dará descontos a sócios-torcedores em exames. Com 36 mil associados, aumentar o programa é outra prioridade do marketing tricolor.
A falta de uma casa fixa tem sido um problema para o Fluminense neste ano. Com as altas taxas que envolvem atuar no Maracanã, o clube resolveu apostar no Giulite Coutinho, estádio do América. Na arena da final da Copa do Mundo de 2014, a situação estava insustentável: foram mais de R$ 1 milhão de prejuízo nos primeiros jogos do Campeonato Brasileiro deste ano.