A gigante espanhola de telecomunicações Telefónica causou um baque no país nesta sexta-feira (31). A empresa desistiu de patrocinar os dois maiores clubes espanhóis (Real Madrid e Barcelona) e também a seleção espanhola. O foco, agora, será alcançar o torcedor por meio dos torneios que a empresa possui os direitos televisivos, como a Liga dos Campeões e a LaLiga.
A mudança de estratégia caiu como uma bomba no mercado de marketing esportivo da Espanha. Isso porque, de acordo com um estudo sobre patrocínio esportivo realizado pela consultoria SPSG Consulting, a Telefónica era, até o momento, a terceira empresa que mais investia no esporte espanhol, atrás apenas da Coca-Cola e do Banco Santander.
Movistar é a marca comercial da Telefónica Móviles, operadora de telefonia móvel que faz parte do grupo espanhol Telefónica. Foto: Reprodução
Agora, a gigante das telecomunicações deve cair no ranking, apesar de garantir que continuará com seus aportes em outros esportes, como a equipe de ciclismo Movistar Team, o time de basquete Movistar Estudiantes, o tenista Rafael Nadal e os naming rights da academia de tênis do atual número 1 do mundo em Manacor. O único patrocínio que também será encerrado é o da equipe Yamaha, da MotoGP.
Segundo o site espanhol Palco 23, a ligação mais longa que acaba de ser desfeita é com a seleção espanhola. O relacionamento teve início em 2012, mas recentemente deixou de ter visibilidade nos uniformes de treino e passeio para dar lugar ao CaixaBank, novo patrocinador da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).
Com o Barcelona, a parceria vinha desde 2015, quando a Telefónica se tornou patrocinadora regional do clube catalão na América Latina por 13 milhões de euros anuais. Já com o Real Madrid, o patrocínio acabou durando apenas pouco mais de uma temporada. Assinado em março de 2017, gerou receitas de 15 milhões de euros ao clube da capital espanhola.
Vale lembrar que a mudança de estratégia da Telefónica ocorre poucos meses depois que a empresa assumiu os direitos televisivos da Liga dos Campeões para o próximo triênio (2018/2019, 2019/2020 e 2020/2021) e também a licença para transmitir a LaLiga no período que compreende as temporadas 2019/2020, 2020/2021 e 2021/2022.