Quando entrar na pista do estádio Olímpico do Engenhão na manhã de hoje, Terezinha Guilhermina começa a correr para a aposentadoria. Aos 37 anos, a maior velocista paralímpica do país vai em busca da medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. Se o ouro vier nos 200m, Terezinha já sabe que se aposenta.
“Eu quero conseguir a medalha. Já me perguntaram isso e falei que só ia fechar [a carreira] no Rio se fosse medalha de ouro. Se não for medalha de ouro, eu não fecho, vou para a próxima”, afirmou a corredora mineira.
Na primeira tentativa de ouro no Rio, Terezinha falhou. A desclassificação nos 100m T11, para atletas cegos, foi polêmica. Terezinha não só perdeu a prova como o recorde mundial na distância para a britânica Libby Clegg.
Dona de seis medalhas paralímpicas, Terezinha chegou ao Rio como uma das mais midiáticas atletas das Paralimpíadas. Irreverente, a mineira costuma dar um show antes de começar sua prova, cativando o público.
“Graças à mídia, todo mundo conhece minha história e posso dizer que sou brasileira, amo representar meu país e ver que há pessoas que se espelham em mim. Não corro na pista sozinha”, afirma Terezinha.
O carisma aliado à performance fizeram com que ela virasse também xodó das marcas, algo raro para os paratletas. Terezinha é um dos principais rostos do Time Nissan de atletas, além de ostentar outros grandes parceiros como Nike e Loterias Caixa.
Curiosidades
• Nasceu em 3 de outubro de 1978
• Por falta de um par de tênis, chegou a trocar a corrida pela natação, em 2000
• Campeã paralímpica em 2012, entrou para o livro dos recordes como a cega mais rápida do mundo
• Já fez uma corrida promocional tendo como guia Usain Bolt, tricampeão olímpico