O inglês Lewis Hamilton conquistou seu terceiro título da Fórmula 1 no último fim de semana. E, quando o piloto olhar para trás, certamente verá que muito mudou na categoria desde seu primeiro triunfo, em 2008. O Brasil não é exceção: dessa vez, poucos assistiram à nova consagração do tricampeão.
E, nesse cenário, o Brasil talvez seja um dos países que mais tem sentido essa mudança de status da principal categoria do automobilimos. Pouca gente viu a vitória que consagrou o tri.
A Globo, em um histórico de baixos números com a Fórmula 1, optou por não transmitir a corrida disputada no domingo; a reta final do Campeonato Brasileiro teve prioridade. No início da madrugada, um resumo foi apresentado, o que gerou cinco pontos de audiência em São Paulo.
Em comparação, o título de 2008 de Hamilton foi a última grande audiência da Fórmula 1 no Brasil. A corrida foi disputada em São Paulo, e o brasileiro Felipe Massa ainda tinha possibilidade de vitória no campeonato. Foram 33 pontos de média.
O fim melancólico da temporada esteve longe de ser uma surpresa, considerando o histórico recente. Após mais um ano com índices baixos, a Globo até tentou inovar na transmissão, com um formato mais descontraído, com convidados. Ainda assim, a disputa chegou a marcar pontuações abaixo do esperado. No GP da Malásia, um recorde negativo, foram apenas três pontos de média.
Um dos eventos que sofreu com esse processo foi a transmissão do treino de classificação, cada vez mais reduzido nos últimos meses. Atualmente, a Globo exibe um flash de poucos minutos para contar com o que aconteceu.
E não foi só no Brasil: de 2008 para 2015, muito mudou nas transmissões para a Europa. A própria Fórmula 1 anunciou que a temporada de 2014 perdeu 25 milhões de telespectadores em relação ao ano anterior.
Nesse caso, trata-se da consequência da passagem da Fórmula 1 para canais pagos em uma série de mercados nas últimas temporadas, inclusive na Inglaterra de Lewis Hamilton. No Brasil, o evento ainda resiste na televisão aberta.