A proposta de construção de novo estádio para a Ponte Preta pode malograr muito antes de as obras começarem. O projeto da Odebrecht, apresentado no último dia 6 de abril, está condicionado à venda do Moisés Lucarelli. Torcedores descontentes com o negócio, porém, pretendem tombar a atual casa da equipe paulista.
Segundo o Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas (Condepacc), há dois pedidos de tombamento do estádio alvinegro, um de 2009 e outro de dezembro de 2010. O local, inaugurado oficialmente em 1948, então, será analisado pelo órgão municipal nos próximos meses, e o projeto depende dessa conclusão.
“Quando fizemos votação no conselho, 95% dos votos aprovaram a venda do Lucarelli, mas agora alguns torcedores se sentiram incomodados e isso pode acabar com nosso projeto”, lamenta Márcio Volpe, diretor de marketing da Ponte Preta. A iniciativa dessa parcela da torcida, tida como minoritária pelo dirigente, inviabiliza a nova casa.
O presidente do clube, Sérgio Carnielli, ainda conta com receitas provenientes da venda dos naming rights, da comercialização de produtos licenciados e de investidores, mas, sem a verba do Moisés Lucarelli, não há como viabilizar a construção, orçada entre R$ 110 milhões e R$ 140 milhões, que obedece os padrões da Fifa.