O primeiro torneio disputado pela seleção brasileira após a Copa do Mundo da França mostrou que o futebol feminino alcançou um novo status. Neste domingo (1º), 16 mil pessoas foram ao Pacaembu torcer pelo Brasil, que acabou perdendo nos pênaltis para o Chile e deixou o título escapar.
LEIA MAIS: Análise: Idolatria a Pia pode atenuar peso de Marta
Disputado em dois dias, o Torneio Uber Internacional Feminino de Seleções mostrou que o futebol feminino é um produto que está mais próximo do torcedor, tem boa performance na televisão e apresenta um terreno fértil de exploração para o patrocinador.
Com ingressos populares (valores entre R$ 5 e R$ 22), o torneio conseguiu atrair bom público, mesmo com o tempo frio e chuvoso em São Paulo. Na última quinta-feira (29), foram cerca de 12 mil torcedores ao Pacaembu. Na decisão, o número chegou a 16 mil.
Foto: Reprodução
Na TV, SporTV e Cultura, que transmitiram o torneio, registraram bons índices de audiência. No domingo (1º), a emissora de TV aberta chegou a empatar com a Band no quarto lugar, registrando 2 pontos na medição do Ibope quando teve início a disputa de pênaltis (os dados consolidados só sairão na tarde desta segunda-feira (2)).
A presença de patrocinadores na partida também chamou atenção. O torneio, que foi bancado via Lei de Incentivo ao Esporte, contou com o patrocínio de Uber, Fini, Atacadão, Besni, Colgate, Kalunga, Wickbold, Morelate, Sicredi, Espaçolaser e Maratá. Os patrocinadores realizaram algumas ativações com o público, além de promoverem degustação de produtos dentro da área para convidados.
Dois patrocinadores da seleção brasileira também aproveitaram para fazer ações de ativação utilizando a competição como mote: Guaraná Antarctica e Fiat. A marca de refrigerantes levou torcedoras corintianas e palmeirenses para torcerem juntas pela seleção na partida de quinta-feira (29), contra a Argentina.
Já a empresa de automóveis lançou um vídeo durante o jogo em que recriou a história do primeiro gol marcado pelo Brasil em Copas do Mundo. A ideia da empresa é recontar a história do futebol feminino no país a partir da seleção brasileira. O torneio deu início ao projeto, que tem a assinatura da agência de publicidade Leo Burnett.
A própria cobertura da mídia foi recorde para um torneio amistoso de futebol feminino no país. Ao todo, mais de 240 jornalistas estiveram presentes na cobertura do evento, que teve cerca de 300 pedidos de credenciamento. A estreia da treinadora Pia Sundhage também ajudou a turbinar os números. Televisões e sites da Suécia destacaram profissionais para realizar a cobertura do evento.