Trump é pivô de polêmica entre Stephen Curry e Under Armour

Curry (à dir.), com colegas do Golden State Warriors

As polêmicas em torno do presidente Donald Trump atingiram o esporte, com uma crise entre Stephen Curry, astro da NBA, e sua patrocinadora Under Armour.

Tudo começou quando Kevin Plank, CEO da Under Armour, elogiou Trump, ao dizer que o presidente é um “real asset” (um grande valor) dos EUA. Questionado sobre o que achava disso, o armador do Golden State Warriors deu um toco na empresa.

“Passei o dia todo ao telefone com vários membros da Under Armour para entender o que se passava e quais tinham sido realmente suas palavras”, contou ele, em entrevista ao “Mercury News”.

Um dos principais embaixadores globais da Under Armour, Curry chegou ameaçar rescindir contrato com a empresa. “Se o comando [da patrocinadora] não possui os mesmos valores que eu, não há dinheiro que irá me fazer ser o que não sou.”

Em 2013, o armador foi pivô de disputa entre Nike e Under Armour, que o tirou da concorrente por US$ 4 milhões anuais e contrato até 2024.

Preocupada com a repercussão do caso, a marca soltou comunicado dizendo que defende “uma política inclusiva de imigração que acolhe os melhores e mais brilhantes e aqueles que procuram oportunidades na grande tradição do nosso país”.

Não é a primeira desavença entre um atleta e seu patrocinador tendo Trump como motivo. Em novembro, o piloto Sergio “Checo” Pérez deu fim ao contrato com a Hawkers, após a marca de óculos de sol brincar com a então promessa do presidente de construir um muro separando EUA e México.

“Hoje mesmo acabou minha relação com a Hawkers. Nunca vou deixar que alguém brinque com meu país. #MéxicoUnido”, escreveu o piloto de Fórmula 1, no Twitter.

Tais reações não são isoladas no mundo esportivo. Na semana passada, LeBon James, maior rival de Curry pelo protagonismo na NBA, criticou as medidas isolacionistas de Trump.

“Vamos continuar lutando pelas ideias que unem as pessoas sem ligar para raça, sexo, religião ou outras diferenças. Sou contra políticas que dividem e excluem as pessoas”, disse à “Hollywood Reporter”.

O zagueiro Rafa Márquez, por sua vez, discursou antes de amistoso com a Islândia, em Las Vegas: “Junto com meus companheiros de seleção mexicana nos declaramos contra qualquer forma de discriminação, homofobia, sexismo ou racismo. Pedimos que vocês, torcedores, se unam a nós para mostrar os verdadeiros valores do futebol: inclusão, diversidade, igualdade e respeito a todos.”

 

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