Um dia depois de Thiago Braz garantir o ouro no salto com vara, o Brasil conquistou nova medalha no atletismo. Mas foi em Pequim 2008. O COI (Comitê Olímpico Internacional) desclassificou a Rússia do revezamento 4 x 100 m feminino daquela Olimpíada após teste antidoping revelar substâncias proibidas na amostra da russa Yulia Tchermochanskaya.
Com a eliminação da Rússia, a ótima geração belga da velocidade garantiu o ouro. A prata ficou com a Nigéria, e o Brasil ganhou o bronze com a equipe integrada por Thaisa Presti, Lucimar Aparecida de Moura, Rosemar Maria Coelho Neto e Rosangela Santos, a única remanescente na equipoe atual.
Com o novo pódio, o atletismo brasileiro garante a melhor campanha de sua história em Pequim 2008, com o ouro de Maurren Maggi e o bronze no 4 x 100 m, igualando a campanha em Helsinque 1952, em que o país também levou o título com Adhemar Ferreira da Silva (salto triplo) e o bronze com José Telles (salto em altura).
O exame de Tchermochanskaya, hoje com 30 anos, detectou estanozolol e deidroclormetil-testosterona, dois esteroides anabólicos.
A Wada (Agência Mundial Antidoping) está reanalisando as amostras recolhidas durante Pequim 2008 e Londres 2012 na tentativa de flagrar novas drogas. Por conta do uso sistemático de doping em seus atletas, o atletismo da Rússia foi banido dos Jogos do Rio 2016.