O Palmeiras criou uma nova propriedade nova em seu plano de comunicação apenas para viabilizar um acordo com a Unimed, que se tornou patrocinadora da camisa do treinador alviverde. Contudo, esse não era o sonho da empresa. Quando procurou a diretoria da equipe paulista, a companhia de seguros pretendia colocar seu logotipo em algum espaço do uniforme. Isso só não foi possível devido ao contrato com a Samsung, o que fez o clube cogitar uma renegociação do documento. A Samsung assumiu a cota máster de patrocínio do Palmeiras no ano passado. O clube alviverde assinou com a empresa de eletrônicos até o fim de 2011, para receber R$ 15 milhões por temporada. Por esse montante, cedeu à marca todos os espaços de divulgação no uniforme. Desde o ano passado, o Palmeiras foi procurado por Cosan, Lupo e pela própria Unimed para negociar patrocínios periféricos. Todas as companhias tentaram colocar suas marcas nos calções alviverdes, mas esbarraram no contrato com a Samsung. Essa situação levou o Palmeiras à primeira tentativa de renegociação. No início deste ano, a diretoria ofereceu novas propriedades à Samsung, que não estavam previstas no acordo inicial, em troca de a empresa abrir mão da exclusividade no uniforme. As conversas chegaram a avançar nesse sentido, mas a parceira não aceitou a proposta. ?A Unimed se interessou por uma propriedade que nós sabíamos que estava bloqueada. Tentamos um acordo com a Samsung, que é nossa cotista máster, e oferecemos novas propriedades a eles. Não conseguimos fechar, mas foi algo trivial. Não houve qualquer desgaste nesse sentido?, disse o diretor de marketing do Palmeiras, Rogério Dezembro. Durante a conversa motivada pela oferta da Unimed, outra situação corroborou a certeza do Palmeiras de que o contrato com a Samsung terá de ser revisto. Corinthians (R$ 38 milhões com a Hypermarcas) e Flamengo (R$ 22 milhões com a Batavo) fecharam aportes financeiramente superiores ao do clube do Parque Antarctica. ?Nós nos associamos à Samsung no meio da maior turbulência que o mundo viveu nos últimos anos. O acordo foi muito positivo para cliente e empresa, e eu não vejo por que mexer. Se eu estivesse do lado da empresa, não gostaria de receber uma proposta para renegociar o que foi assinado. Mas os números de Corinthians e Flamengo elevam o mercado e criam um novo patamar?, explicou Dezembro.