O futebol brasileiro vive há pelo menos duas temporadas a batalha entre escolas de idiomas pelos principais times. A Fisk fez aporte de R$ 7,5 milhões para estampar a camisa do Corinthians em 2011, e esse valor foi ampliado para R$ 10 milhões para permanecer neste ano. Concomitantemente, a Skill está no Palmeiras, e a Wizard, no São Paulo. A UNS, concorrente delas, no entanto, ficará fora.
A rede de franquias quis fazer investimentos no esporte nacional, mas preferiu apostar no automobilismo, apoiada no raciocínio de que a velocidade dos pilotos nas pistas gera maior sinergia com pontos fortes das escolas de idiomas administradas por ela. Os principais cursos oferecidos têm duração reduzida, voltada para executivos e profissionais liberais, com promessa de ensinar inglês em um ano e meio.
“Ainda não vamos entrar nessa briga, porque somos a mais novata, a menor de todas as redes, e nosso público não é o mesmo de Fisk, Skill e CNA. Nós trabalhamos com cursos de 18 meses, especializados nesse nicho, então vamos sempre trabalhar com esportes que tenham velocidade, sobretudo aqueles que têm motores”, explica Marcel Magalhães, presidente da UNS, à Máquina do Esporte.
Caso a companhia migre para alguma outra modalidade, algo que deve acontecer somente no ano que vem, as que têm mais chances são aquelas que envolvem situações extremas, como asa delta. Além da união de valores próximos a velocidade, a influência vem da TNT. A fabricante de energéticos, que costuma investir em esportes radicais, tem acompanhado a UNS nas negociações que realiza.
“Começamos a investir em parceria com a TNT, a trabalhar em conjunto. Estamos juntos na Fórmula Indy, com o Tony Kanaan e na Bandeirantes, por exemplo. Eles têm esse viés de investir em esportes radicais, e é um casamento que está dando super certo, então é algo diferente que pode vingar em 2013, quando nós iremos completar dez anos de vida e aumentar os investimentos”, encerra o presidente.