Nesta segunda-feira, o quarto e último Grand Slam do ano começa em Nova York. O US Open é um dos maiores eventos de tênis e o principal torneio do país mais rico do mundo. Engana-se, no entanto, quem imagina que esse é um momento de consagração para a organização: no melhor estilo “Brasil”, a federação americana, USTA, entra pressionada no torneio.
Já há um clima pouco favorável no esporte americano pela ausência de um grande tenista do país. O último campeão dos Estados Unidos em quadra nova-iorquina foi Andy Roddick, ainda em 2003. Entre as mulheres, a atual campeã é Serena Willians, mas a ausência de outra americana no top 10 do ranking tem incomodado.
A essa situação piorou com as acusações feitas pelo jornal “The New York Times” na última semana. A publicação revirou as finanças da associação de tênis e levantou uma série de investimentos que favoreceram diretamente dirigentes do órgão. A empresa do diretor da USTA, Jeff Willians, é o exemplo mais evidente. Ela é a maior contratante da entidade e recebeu US$ 2,7 milhões somente em 2012 por serviços que não estão relatados publicamente.
Isso não significa que o torneio está em crise. Em 2014, mais uma vez haverá uma premiação recorde, com US$ 3 milhões para os vencedores. A organização também espera uma presença massiva nas quadras de Nova York, com uma previsão de mais de 720 mil pessoas durante os dias de disputa.