Depois de vários impasses e mais de dois meses de atrasos nos pagamentos, o Vasco vai iniciar o processo de rompimento com a Champs, fornecedora de material esportivo do clube. Em entrevista ao site ?Globoesporte.com?, José Hamilton Mandarino, vice-presidente de futebol, disse que o caso já foi encaminho para o departamento jurídico, que tomará as providências cabíveis. ?As possibilidades de regularização da situação já foram dadas e não tivemos resposta alguma. Não posso acreditar que nesta altura do campeonato aconteça um milagre e tudo volte ao normal?, disse o dirigente. A negociação entre as partes foi bastante confusa. Na última quinta-feira, Mandarino apontou o dia seguinte como o fim de um suposto prazo combinado com a Champs, que teria de quitar os débitos e apresentar uma solução para os problemas de fornecimento. A empresa, por sua vez, negou a data e disse que depositaria o valor total nesta segunda. Para completar, ainda culpou a demora no acerto do Vasco com a Eletrobrás (travada pela ausência de uma certidão negativa do INSS) pelos problemas com lojistas. Após uma série de reuniões, porém, o clube decidiu ignorar as promessas da Champs e deve pôr fim a um relacionamento conturbado desde o início. Para assinar com a fornecedora paulista, o Vasco teve de romper unilateralmente com a Reebok, em atitude que não agradou à Vulcabrás, dona da marca inglesa no Brasil. No início da temporada, o clube chegou a treinar com meiões e uniformes da comissão técnica confeccionados pela antiga parceira. Posteriormente, reclamou publicamente da demora da Champs no escoamento dos materiais para o mercado. Na última semana, ainda se incomodou com um novo engano da empresa, que enviou meiões do Vasco para o Vitória, que acabaram sendo utilizados pelo goleiro Viáfara.