O velório coletivo de 50 das 71 vítimas do acidente com o avião da Chapecoense, no sábado (dia 3), na Arena Condá, em Chapecó, foi marcado por uma comoção coletiva da população local e por homenagens aos mortos.
Durante a cerimônia, que durou cerca de duas horas e contou com a presença do presidente Michel Temer, houve uma forte chuva. Entre os presentes também estavam Gianni Infantino, presidente da Fifa, Walter Feldman, secretário-geral da CBF, e o técnico Tite, da seleção brasileira, além dos ex-jogadores Seedorf, que atuou no Brasil pelo Botafogo, e Puyol, ex-Barcelona. Dezesseis dos 50 mortos serão enterrados em Chapecó.
Os corpos, transportados pela FAB (Força Aérea Brasileira), chegaram da Colômbia no final da manhã. Os caixões foram transportados do aeroporto até o estádio, em um percurso de cerca de 10 km. Durante todo o trajeto, uma grande multidão acompanhou o cortejo.
Na Arena Condá, os torcedores que haviam conseguido entrar, aplaudiam todos os caixões que chegavam ao velório carregados por militares. Os esquifes eram depositados em uma área coberta, mais reservadas, para familiares e amigos próximos.
Após a execução dos hinos do Brasil e da Chapecoense, o primeiro a discursar foi Ivan Tozzo, presidente interino da equipe catarinense. Em seguida discursou o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, que vestia uma camisa do Atlético Nacional, em agradecimento à solidariedade do time rival ante a tragédia de Chapecó.
Crianças levaram para o campo bandeiras de Brasil, Colômbia, Santa Catarina, Chapecó e da Chapecoense. O apresentador Cid Moreira leu uma mensagem bíblica. Em seguida, foi lida mensagem enviada pelo papa Francisco, pedindo que “transmita suas condolências e sua participação na dor de todos os atingidos”. Balões foram soltados ao céu, com os nomes de cada vítima.