Quando a fase é ruim, parece que tudo acontece. Além de todas as dificuldades que o São Paulo vem enfrentando em campo, fora dele as coisas também não estão fáceis. Dias depois de mais um escândalo assolar o clube – o gerente de marketing foi demitido após acusações de desvios –, veio à tona mais uma vez a possibilidade de o clube perder o CT da Barra Funda em 2022.
Ao menos o motivo da volta do assunto às manchetes não é ruim para o São Paulo. O vereador Eduardo Tuma (PSDB) levou à Câmara Municipal de São Paulo um projeto de lei que visa prorrogar a concessão do terreno onde está localizado o CT, na Barra Funda, na Zona Oeste da cidade. A atual concessão tem duração de 40 anos e vai até 2022. Eduardo Tuma quer somar mais 50 anos a essa data para que o São Paulo possa usufruir do terreno até 2072.
No texto enviado à Câmara, Tuma elogiou o São Paulo.
“O São Paulo Futebol Clube é um time de compromisso e tradição, cujo surgimento remonta aos anos de 1930. Sua importância na sociedade brasileira se demonstra pela grande quantidade de torcedores e pela identificação destes com o time, no que tange ao sentimento de pertencimento deste último com os primeiros.”
Em certo momento, comparou a situação do clube com a dos rivais Palmeiras e Corinthians.
“Outra razão inequívoca da incoerência demonstrada através do encerramento da concessão administrativa é o fato da Sociedade Esportiva Palmeiras, por meio da Lei 10.666, de 26 de outubro de 1988, alterada pela Lei n° 12.001, de 18 de janeiro de 1996, ter um prazo de concessão administrativa de 90 (noventa) anos para ocupar uma área pública.” (…) “Ainda, ao Sport Club Corinthians Paulista, através da Lei n° 10.622, de 9 de setembro de 1988, foi concedido os mesmos 90 (noventa) anos.”
Para se tornar lei, o projeto precisa ser aprovado na Câmara e sancionado pelo prefeito João Dória (PSDB). A votação na Câmara deve ocorrer nos próximos meses.