O Vitória firmou nesta semana parceria com o Instituto de Gestão, Educação, Política e Estratégia (Ingepe), no intuito de seguir com o processo de profissionalização que começou há alguns anos. Após se concentrar na área econômica e financeira, com a redução do endividamento e o aumento das receitas, chegou a vez de reestrutrar a área administrativa do time de futebol.
A consultoria irá auxiliar em quatro pilares: planejamento estratégico para longo prazo, criação de planos de carreira e salários para funcionários, programa regular para avaliação da equipe e reestruturação do organograma. Uma comissão irá representar o clube, e o trabalho será feito a quatro mãos com o Ingepe, algo que poderá no futuro gerar modificações no estatuto.
O término da atual gestão será em dezembro de 2013, e até lá a intenção é que o Vitória possua um modo de operação que pouco será afetado na transição para novos presidentes. “Nós queremos deixar tudo estruturado, já pronto, para quando sairmos do clube”, conta Carlos Falcão, vice-presidente da equipe baiana. O prazo para que as mudanças sejam propostas é de três meses, segundo ele.
O programa, denominado “Vitória: um presente para o futuro”, é a segunda etapa de um processo que começou em 2007. “Primeiro nós saneamos passivos, pagamos impostos, atingimos equilíbrio entre despesas e receitas, e já não temos déficit operacional”, explica o dirigente. “A partir daí entra a segunda parte, de reestruturação administrativa e organizacional”.
A recuperação da área econômica citada pelo vice-presidente de fato aconteceu. Nos balanços financeiros publicados nos últimos anos, o faturamento saltou de R$ 12,2 milhões em 2007 para R$ 42,1 milhões em 2010. A dívida, durante o mesmo período, caiu de R$ 86,5 milhões para R$ 4 milhões, naquela que foi a maior redução de endividamento entre todos os principais times do país.