Nos últimos anos, os clubes brasileiros vêm, de uma forma geral, olhando como uma maior atenção para o seu marketing. Uma das consequências mais visíveis ao torcedor é o aumento constante de produtos que venham com a marca do time, muitas vezes em produções licenciadas. O Vôlei Futuro, equipe da cidade Araçatuba, tem seguido essa linha, mas com um objetivo diferente.
Na maioria dos casos, clubes lançam produtos com um desejo claro: aumentar as receitas. Para citar um exemplo estruturado no futebol, o Corinthians apostou nos licenciados e aumentou seu faturamento nessa área em 1.700 % nos últimos quatro anos; em 2010, o clube recebeu R$ 9 milhões.
O cenário corintiano é inspirador, mas trata-se de uma marca centenária com a segunda maior torcida do Brasil. Esse, claro, não é o caso do Vôlei Futuro, fundado em 2002 e que tem sede em uma cidade com menos de 200 mil habitantes e a mais de 500 quilômetros de São Paulo, mesmo considerando o título paulista vencido pela equipe em 2010.
Para se lançar no mercado de produtos com marca esportiva, o Vôlei Futuro adotou primeiramente uma medida: não depender de licenças. Isso significa que o próprio clube se responsabiliza pela confecção do que pretende vender.
O resultado da medida é um alto custo de lançamento, já que os artefatos são feitos em número limitado. Mesmo com o esforço de venda, eles não atingem um número financeiro que seja significativo para as contas do Vôlei Futuro, ainda que esse trabalho que já tenha ultrapassado dois anos de existência, com surgimentos de novos produtos e novas lojas.
A diretora de marketing do clube, Marcela Constantino, explica que o lucro não é o objetivo principal do projeto de produtos pensados pelo Vôlei Futuro. “Queremos difundir a marca. Hoje, pela loja virtual, nós já vendemos para todo o Estado de São Paulo e para todo o Brasil”, afirmou.
Essa história começou há seis anos, quando o clube começou a comercializar a camisa de jogo. Há dois anos, o esse universo foi incrementado com novas lojas físicas e camisas casuais para os torcedores. No último ano, o processo foi acelerado com uma série de acessórios do time, como bonecos, chinelos e até joias.
Hoje, mais um fator tem atraído o consumidor às lojas do Vôlei Futuro: Ricardinho. O levantador, considerado um dos melhores do mundo em sua posição, ele tem tido seu nome veiculado em camisas e linhas especiais. O jogador chegou a Araçatuba na metade de 2010, após atuar por seis anos na Itália.