Até a lesão sofrida pelo meia-atacante Lucas, que tirou o jogador do Paris Saint-Germain dos amistosos que a seleção brasileira fará contra Itália e Rússia, serviu como mote. Disposta a justificar a montagem de um time de embaixadores para a comunicação no Brasil, a montadora Volkswagen resolveu individualizar atributos e atrelar um personagem a cada característica.
Isso ficou claro no evento de apresentação do time de embaixadores, realizado em São Paulo. Lucas, por exemplo, foi anunciado como uma aposta para o futuro. A lesão também foi suficiente para transformá-lo em caso de superação.
Cafu, outro embaixador da montadora, foi descrito como líder. Quando subiu ao palco, foi questionado sobre as características de um time vencedor – o ex-lateral foi capitão da seleção brasileira de 2002, a última do país a conquistar a Copa do Mundo.
Para apresentar Raí, a Volkswagen usou o trabalho social feito pelo ex-jogador. A ideia foi criar uma ligação com as ações feitas pela própria empresa.
O ex-jogador Rivellino foi associado pela Volkswagen à inventividade e ao drible – sobretudo por causa do elástico, lance que ele fazia com frequência.
Curiosamente, apenas dois embaixadores não foram descritos com base em atributos únicos. Neymar, que abriu a apresentação, e Pelé, o último a ser chamado, foram usados como símbolos do próprio futebol brasileiro.
Neymar e Lucas não estiveram no evento, mas mandaram mensagens em vídeo. Cafu foi conduzido ao palco em um CC, Raí pegou carona em um Passat e Rivellino chegou de Fusca. Apenas Pelé optou por entrar a pé – até o presidente da Volkswagen, Thomas Schmall, usou um Gol para atravessar o salão.
O time de embaixadores será a base de toda a comunicação da Volkswagen no futebol para os próximos anos. A montadora é patrocinadora oficial da seleção brasileira, mas não tem pacotes da Copa do Mundo (Hyundai ∕ Kia) ou Jogos Olímpicos (Nissan).