O contrato entre Reebok e UFC, assinado no fim de 2014, não agradou a todos os lutadores, e o assunto nunca foi tratado com discrição. Poucas vezes, no entanto, um nome tão significativo da liga de MMA foi tão enfático nessa insatisfação. O brasileiro Fabrício Werdum quebrou qualquer protocolo sobre o assunto.
Nesta semana, o lutador publicou uma foto em sua conta de Instagram com uma montagem.Sua imagem ao entrar no ringue tinha uma alteração: o símbolo da Reebok foi removido e substituído pelo logotipo da Nike. Na legenda, os dizeres: “Não sou genérico, sou Nike desde criancinha”, com um complemento obsceno à Reebok.
Em outra rede social, o Facebook, Werdum se explicou: “Não tenho contrato com a Reebok, não tenho patrocínio. Eu não preciso estar com a Reebok fora da luta. Posso postar foto com qualquer marca. Antes a gente podia colocar o patrocínio que quisesse. E era um dinheiro bom”, afirmou.
A principal questão é que, quando o UFC fechou com a Reebok, todos os lutadores foram obrigados a usar a marca. Patrocinadores de material esportivo foram proibidos durante as lutas, o que afastou parte das marcas desse mercado. Hoje, o lutador ganha da Reebok em cada luta, mas com valores inferiores ao que é possível obter com um aporte pessoal.
O curioso é que a Nike, envolvida na história, não tem contrato com o lutador brasileiro. A marca chegou a entrar no UFC, com aporte a Anderson Silva e Jon Jones, mas rompeu com ambos. “Se a Nike quiser patrocinar, estamos aí!”, afirmou Werdum no Facebook.
O lutador e o UFC não responderam à Máquina do Esporte até o fechamento desta edição.