A WTorre rompeu contrato de cogestão do Allianz Parque com a AEG. O acordo assinado entre as duas empresas era válido por dez anos, mas foi rescindido após pouco mais de um.
A crise de relacionamento entre as duas empresas já havia sido escancarada no ano passado. Em março, dois profissionais de marketing da AEG, que trabalhavam no Allianz Parque, foram demitidos. Seus cargos não foram repostos. Em maio, outra executiva da multinacional gestora de estádios, Susan Darrington, deixou o comando da arena.
A WTorre fazia pedidos insistentes para que os gastos com a manutenção do Allianz Parque fossem controlados. A construtora, responsável por erguer o Allianz Parque, chegou a colocar um funcionário no estádio especialmente para fiscalizar os gastos, considerados altos. Após essa iniciativa, fornecedores passaram a reclamar que estavam tendo dificuldade para receber da administração do estádio.
A união vinha sendo complicada, já que tanto WTorre cobrava uma maior participação da AEG nas despesas da arena. Já a gestora do estádio queria aumento dos repasses financeiros.
Em janeiro, a multinacional cobrou publicamente uma dívida de R$ 4 milhões por serviços prestados, o que irritou a WTorre.
Uma das maiores administradoras de estádios do mundo, a AEG é responsável pela gestão de arenas como o Staples Center, em Los Angeles, e a O2 Arena, em Londres. No Brasil, participa da administração do Maracanã e da Arena Pernambuco.
No final do dia, mais uma notícia ruim para o Allianz Parque. A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) soltou comunicado dizendo que “não efetuou visita de inspeção alguma ao estádio Allianz Parque, nem fez alteração alguma do estádio onde o clube Palmeiras deve jogar suas partidas na condição de local”.
Há uma polêmica entre a Conmebol e a WTorre sobre o uso do naming right da Allianz em painéis do estádio por ferir os direitos comerciais da Copa Libertadores. A Conmebol afirma que entregou esse regulamento antecipadamente aos clubes no dia do sorteio dos grupos. “As condições [da competição] incluem o acordo da Conmebol com a empresa ISM, que detém os direitos de patrocínio e marketing da competição”.