Zico está fora da corrida pela presidência da Fifa. O ex-jogador teve o apoio de apenas duas federações – São Tomé e Príncipe e Angola – e não protocolou a candidatura no prazo estipulado pela Fifa. Eram necessárias cinco assinaturas para concorrer ao cargo do demissionário Joseph Blatter, em fevereiro. A CBF tinha condicionado o respaldo a Zico à chancela de outras quatro entidades, o que acabou não acontecendo.
“Por enquanto, o Zico irá cumprir o contrato dele com o Goa, da Índia, mas a ideia é mostrar que a falta de experiência é um dos grandes triunfos dele. Ele abriu um grande debate para mudarmos esse sistema. Ele não tem mágoa nem revolta com a CBF e em um futuro próximo buscaremos novos desafios no futebol”, disse Ricardo Setyon, consultor sênior de relações internacionais e comunicação da campanha de Zico, à ESPN.
Além da CBF, o comentarista do canal Esporte Interativo não teve o apoio da Conmebol, que preferiu avalizar a campanha de Michel Platini mesmo após a suspensão de 90 dias imposta pelo comitê de ética da Fifa.
“A grande esperança da campanha era de que a CBF, ao invés do quinto voto após as mudanças, se transformasse no primeiro voto, o que não aconteceu. O Zico era o único candidato que não tinha o apoio oficial do seu próprio país”, completou Setyon.
Com o fim do prazo imposto pela Fifa, encerrado às 21h desta segunda-feira (26), exatos quatro meses antes das eleições, os candidatos à presidência da Fifa são: Ali Bin Al Hussein, Gianni Infantino, Tokyo Sexwale, Salman Bin Ibrahim Al Khalifa, Jérôme Champagne, David Nakhid e Michel Platini que, mesmo suspenso, não teve sua candidatura impugnada.