Os dois modelos de lojas oficiais do São Paulo, “São Paulo Mania” e “SAO Store”, vivem momentos quase opostos no clube. Enquanto a primeira está em plena ascensão, com 18 estabelecimentos abertos até o momento e planos para encerrar 2011 com 30, a segunda possui dez pontos ativos e nenhum projeto de expansão.
A razão dessa dicotomia está na natureza dos negócios. A “São Paulo Mania” é administrada pela SPR, também gestora das redes de lojas de Corinthians e Vasco. A empresa oferece franquias pelo investimento inicial de R$ 200 mil por parte do licenciado, e a ampliação da quantidade de pontos-de-venda influencia diretamente no faturamento.
Nesse modelo, o clube não precisa fazer grandes esforços para ver o número de lojas se multiplicar. “Nós só ajudamos a divulgar no site e mandamos quem nos procura para falar com eles”, afirma Rogê David, diretor de marketing são-paulino. A primeira unidade foi inaugurada em maio deste ano, e pretende-se chegar a 60 até o fim de 2012.
A “SAO Store”, por outro lado, é gerenciada pela Reebok, fornecedora de materiais esportivos do São Paulo. Quando clube e empresa assinaram novo contrato, no fim de 2009, ficou estipulado no documento que a companhia teria de abrir dez lojas. A meta foi atingida com sucesso, mas a parceira optou por se ater ao acordado naquela época.
“O contrato com a Reebok vence no ano que vem, e cada SAO custa no mínimo R$ 1 milhão para ser aberta, então ainda não vale a pena comercialmente abrir novas lojas”, justifica David. A Reebok, pelo tempo restante de contrato, não conseguiria reaver o investimento em tempo, de acordo com o diretor de marketing da equipe tricolor.
Embora não revelem números, São Paulo e Vulcabras/Azaleia, administradora da marca Reebok no Brasil, garantem que os resultados financeiros das lojas são positivos. Os dois modelos de comércio não conflitam, pois, segundo os são-paulinos, as franquias são lojas populares, enquanto a SAO busca o consumidor “premium”.