Ana Moser foi escolhida pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva como ministra do Esporte. Segundo a Máquina do Esporte apurou, o anúncio deverá ser feito nos próximos dias. A ex-jogadora de vôlei já participava do grupo técnico da equipe de transição na área do Esporte.
Integrante da seleção brasileira que conquistou a primeira medalha olímpica do vôlei feminino, bronze em Atlanta 1996, Ana Moser encerrou a carreira em 1999. Dois anos depois, criou o Instituto Esporte e Educação (IEE), que oferece atividades esportivas para crianças e adolescentes, e formação de professores na área de esporte educacional.
Segundo números da entidade, em 21 anos de atuação, o IEE já impactou mais de 6 milhões de crianças e jovens, e capacitou mais de 55 mil professores e educadores no Brasil.
Ana Moser também faz parte da Atletas pelo Brasil, organização não governamental (ONG) que luta pela implantação e melhoria de políticas públicas para o esporte.
Leila Barros
Outra cotada para o posto era a senadora Leila Barros (PDT-DF), que foi companheira de Ana Moser na seleção brasileira de vôlei. As duas são muito amigas, o que deve garantir proximidade entre a atuação da parlamentar e da futura ministra.
Leila poderia preencher a cota do PDT no ministério, mas optou por seguir no trabalho parlamentar, onde tem três focos principais de atuação no momento: aprovação da Lei Geral do Esporte (LGE), do Plano Nacional do Esporte (PND) e do orçamento para o Ministério do Esporte.
A LGE coloca em uma única legislação todas as normas e regulamentações referentes às práticas esportivas no Brasil. Entre as inovações do texto estão a tipificação do crime de corrupção privada para dirigentes esportivos, a exigência de mulheres em cargos de direção de clubes para liberação de recursos federais e de loterias, a igualdade na premiação entre gêneros e o combate ao preconceito no esporte.
Já o Plano Nacional do Esporte estabelece políticas públicas para garantir o acesso da população às práticas esportivas.
Por fim, Leila fez parte do subgrupo que realizou um diagnóstico das necessidades orçamentárias para a recriação do Ministério do Esporte. O governo do atual presidente Jair Bolsonaro enviou uma previsão orçamentária de R$ 193.875.000 para a Secretaria Especial do Esporte, que é atualmente vinculada ao Ministério da Cidadania.
Na avaliação do grupo técnico, é necessário um orçamento mínimo de R$ 1 bilhão para a recriação do Ministério do Esporte. Segundo uma proposta do senador Marcelo Castro (MDB-PI), esse montante iria para R$ 1.988.135.355 em 2023. A votação do orçamento deve acontecer na tarde desta quinta-feira (22).