Apenas 34% das mulheres brasileiras se permitem sonhar em se tornar atletas profissionais, revela pesquisa realizada pela Centauro em parceria com o Grupo Consumoteca. O estudo, intitulado “Mulheres & Esporte: Um pacto coletivo para uma nova narrativa”, foi divulgado na terça-feira (4) em evento na Arena Centauro, localizada no Parque Ibirapuera (zona sul de São Paulo).
Segundo a pesquisa, 63,8% dos meninos brasileiros têm o sonho de se tornar atletas profissionais, enquanto apenas 34% das meninas compartilham esse objetivo.
A visibilidade das mulheres em competições e programas sobre esporte tem aumentado nos últimos anos, com 63,8% da população assistindo a essas transmissões. No entanto, menos da metade das pessoas acredita que ver mulheres bem-sucedidas em determinados esportes incentiva a prática esportiva.
Fata incentivo
O estudo também destaca que apenas 41% das mulheres afirmaram ter sido incentivadas a praticar esportes durante a infância, em comparação com 63% dos homens. No total, 49% das entrevistadas afirmaram não praticar nenhum esporte. No entanto, muitas delas torcem, emocionam-se e comemoram: 78% das mulheres pretendem acompanhar os Jogos de Paris 2024, um aumento significativo em relação aos 29% que falaram o mesmo sobre a Olimpíada de Tóquio, realizada em 2021.
A pesquisa, porém, não aplicou o questionamento em relação a Copa do Mundo Feminina, que será realizada na Austrália e Nova Zelândia entre 20 de julho e 20 de agosto. Entretanto, constatou que no futebol, enquanto 87% se lembram de Marta, apenas 17% mencionam Cristiane Rozeira e 5% lembram-se de Megan Rapinoe. Por outro lado, no cenário masculino, o público consegue citar escalações completas.
Os dados ainda revelam que 20% das entrevistadas acreditam que a hipersexualização é o maior desafio enfrentado pelas mulheres no esporte.
A pesquisa entrevistou 1.000 pessoas, sendo 800 mulheres e 200 homens, maiores de 16 anos, por meio de plataforma online. Participaram homens e mulheres das classes A, B e C, de todas as regiões do Brasil.