A vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial realizada neste domingo (30) aumentou a expectativa das entidades esportivas de que o novo governo recrie o Ministério do Esporte. O setor perdeu o status de ministério durante o governo do atual presidente Jair Bolsonaro, que criou a Secretaria Especial do Esporte, subordinada ao Ministério da Cidadania.
Em agosto, representantes de entidades esportivas mantiveram reuniões com integrantes da federação de partidos que apoiam Lula e levaram reivindicações da área, entre as quais estava o aumento do bolsa-atleta.
Estiveram nesta reunião entidades como Comitê Olímpico do Brasil (COB), Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), entre outros.
Pouco depois desses encontros, Lula participou de um evento público com a participação de ex-atletas como Ana Moser e Isabel (vôlei), Servílio de Oliveira (boxe), Raí, Casagrande e Zé Elias (futebol) e o técnico Vanderlei Luxemburgo (futebol).
“Vocês nunca tiveram um presidente comprometido com o esporte como eu vou ser. Cobrem, se não a gente não faz”, discursou Lula, à ocasião.
Compasso de espera
De lá para cá, não houve mais evolução nas conversas, o que é ressaltado por representantes do esporte como algo normal, diante da agenda cheia da campanha política e das prioridades do momento do presidente eleito, entre as quais está a definição de ministros de pastas mais importantes, como a Economia, e da montagem da equipe de transição.
Apesar de ainda não ter retomado essas conversas, segundo um dirigente ouvido pela Máquina do Esporte, o discurso de Lula na Avenida Paulista, neste domingo (30), de que haverá a recriação do Ministério da Cultura e a criação do Ministério dos Povos Originários, sinaliza que o esporte também tem grande chance de voltar a ter status de ministério no novo governo.
“É o caminho natural. Esporte e Cultura eram ministérios com grau de importância semelhantes durante o governo Lula”, lembrou o dirigente.