O governo do Reino Unido, em conjunto com a Comissão de Jogos de Azar (Gambling Commission), publicou um documento com uma série de propostas para atualizar o Gambling Act, de 2005, que regulamentou o mercado de apostas. As medidas foram definidas com o objetivo de proteger ainda mais aqueles que correm risco de sofrer danos com a atividade e de tornar a prática mais justa para todos os consumidores.
“A indústria do jogo mudou significativamente desde 2005, e nossas propostas visam estabelecer mudanças que garantirão que o Reino Unido seja o lugar mais seguro e justo para apostar no mundo”, disse Andrew Rhodes, CEO da Gambling Commission.
Entre as propostas, destacam-se a intenção de limitar o valor das apostas por rodada, a criação de uma taxa obrigatória sobre os operadores com o objetivo de financiar pesquisas e projetos sociais e a revisão das regras de design para plataformas on-line, que poderiam aumentar o risco de dependência, além da realização de mais consultas sobre publicidade de jogos de azar.
Recusa de atletas
Outra medida busca permitir que atletas tenham o direito de escolher não vestir uniformes com patrocínio de empresas do segmento de apostas por motivos religiosos ou por alguma outra razão.
“Dados os poderes e recursos corretos, a Comissão de Jogos de Azar pode continuar a tornar o jogo mais seguro, justo e livre de crimes. Este documento é um pacote coerente de propostas que acreditamos poder apoiar e proteger significativamente os consumidores e melhorar os padrões gerais do setor”, completou Andrew Rhodes.
Vale lembrar que, no início deste mês, a Premier League informou que os clubes concordaram em não contar com patrocínios másteres de casas de apostas a partir da temporada 2025/2026, o que segue a linha do governo britânico de aumentar as restrições de publicidade sobre o mercado de jogos de azar.