O mercado global de calçados esportivos atingirá faturamento de US$ 156,9 bilhões (R$ 780,7 bilhões) até 2028. Essa é a projeção da consultoria ReAnIn. Atualmente, o mercado de calçados esportivos arrecada anualmente US$ 95,2 bilhões, o que indica um grande crescimento nos próximos anos.
Segundo a ReAnIn, o crescimento do mercado ocorreu após mudanças profundas nas estratégias de venda por causa da pandemia de Covid-19. Com o fechamento das lojas físicas durante os períodos mais graves da crise sanitária, as marcas aceleraram os investimentos no e-commerce e nas estratégias de venda DTC (direct to consumer).
A Nike foi uma das marcas que melhor empreenderam na opção pelo DTC. Essa estratégia rendeu à marca americana 40% das vendas totais da companhia em 2021, ano em que o e-commerce da empresa de material esportivo representou 21% das vendas de todo o setor. A DTC está projetada para atingir 60% das vendas da marca até 2025. Desse montante, 40% deve vir do canal on-line da Nike.
E não é só a marca americana. De acordo com o relatório anual da principal concorrente, a Adidas conquistou 38% das vendas via DTC em 2021. Segundo a marca alemã, a venda direta ao consumidor deve representar 50% das vendas até 2025.
A indústria global de calçados esportivos é liderada por essas duas gigantes, que representam cerca de 50% do mercado. O calçado masculino lidera a atividade do setor, embora com pouco mais de 50% de participação. Apesar disso, a demanda por tênis feminino tem experimentado um crescimento maior, com previsão de aumento de 5,2%. Isso se deve à maior participação das mulheres em atividades esportivas ao ar livre.
Entre os calçados esportivos, os tênis de corrida representaram mais de 33% de participação no mercado no ano passado, com ampla oferta de preços e modelos.