O Torneio de Roland Garros, que integra a série Grand Slam do tênis, distribuirá € 43,6 milhões em premiação, um recorde na história do evento e um montante que supera pela primeira vez os números de 2019, pré-pandemia de Covid-19. A competição, que teve o qualifying iniciado nesta segunda-feira (16), irá até 5 de junho.
O total da premiação supera em 27% o que foi distribuído na edição anterior e fica 6,8% acima dos valores de 2019, antes de o mundo enfrentar a maior crise sanitária em 100 anos.
O segundo Grand Slam do ano, que marca o fim da temporada de saibro, tem a volta da normalidade, com a presença de 100% da capacidade de público nas arquibancadas. Em 2020, Roland Garros teve que mudar de data, sendo disputado em setembro e outubro, com capacidade máxima limitada a 5 mil torcedores devido aos números da pandemia à época.
No ano passado, o torneio foi adiado em uma semana, começou sem público, mas foi encerrado com a permissão de até 5 mil pessoas nas arquibancadas, quando o sérvio Novak Djokovic, notório representante do movimento antivacina, conquistou o título em Paris pela segunda vez na carreira.
Neste ano, quem levantar a taça de campeão embolsará € 2,2 milhões tanto no torneio individual masculino como no feminino. Nas duplas, os vencedores embolsarão € 580 mil. Já aqueles que forem eliminados na primeira rodada terão direito a € 62 mil. Nas duplas, a queda precoce renderá € 15.500.
“O aumento dos prêmios para as primeiras rodadas e até fases anteriores [qualifying] pretende ajudar os jogadores que mais sofreram com as consequências da pandemia“, informaram os organizadores em comunicado oficial.
A Federação Francesa de Tênis (FFT), organizadora do evento, escolheu, em dezembro, a nova face visível do torneio, depois que Guy Forget deixou o cargo devido a uma suposta ligação com os Pandora Papers. A sucessora escolhida foi a ex-jogadora Amélie Mauresmo, campeã do Australian Open e do Torneio de Wimbledon (ambos em 2006) e ex-número 1 do mundo.
Após rumores sobre a não participação do vencedor do ano passado, Djokovic, por não estar vacinado contra a Covid-19, a organização interveio ao admitir o tenista nesta edição. No Australian Open deste ano, o sérvio foi impedido de competir e acabou deportado. Roland Garros também contará com a presença de Rafael Nadal, Alexander Zverev e a sensação do momento, Carlos Alcaraz, vencedor do Rio Open em 2022.
Por outro lado, Daniil Medvedev, Matteo Berrettini e Roger Federer não poderão comparecer ao evento por causa de lesões.