CBAt enxerga força do running, e Brasil tentará sediar Mundial de Corrida de Rua em 2028

Wlamir Motta Campos, presidente da CBAt, foi responsável pela abertura do TS Summit 2024, em São Paulo (SP) - William Spinetti / Fotop

O Brasil quer sediar o Mundial de Corrida de Rua em 2028. A revelação foi feita por Wlamir Motta Campos, presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), na abertura do TS Summit, congresso organizado pelo Ticket Sports, plataforma de inscrições especializada em eventos esportivos, que reúne nomes da indústria do esporte no Brasil durante dois dias em São Paulo (SP) e teve início nesta terça-feira (3).

De acordo com o dirigente, que fez questão de ressaltar que corrida de rua é atletismo, o crescimento cada vez maior da modalidade no Brasil credencia ainda mais o país a receber o evento. Criado pela World Athletics em 2023, o Mundial de Corrida de Rua teve sua primeira edição disputada em Riga, na Letônia. Nos próximos anos, o evento passará por San Diego (EUA) em 2025, Copenhague (Dinamarca) em 2026 e Yangzhou (China) em 2027.

A decisão de qual país sediará a edição de 2028 sairá até março do ano que vem.

Crescimento não para

Durante cerca de 15 minutos, Wlamir Motta Campos enalteceu a força da corrida de rua no Brasil, usando, para isso, dados do Ticket Sports. O mercado da modalidade deve crescer cerca de 45% em 2024, e a projeção para os próximos anos é de um aumento de 35% em 2025, 25% em 2026 e 25% em 2027. Atualmente, o país já possui cerca de 14 milhões de corredores.

“A corrida é uma metáfora da vida. A pessoa busca superação, autoconhecimento, qualidade de vida, ser melhor que ela mesma. E o potencial desse mercado é enorme: hoje, a Maratona do Rio é o terceiro maior evento turístico da principal cidade turística do Brasil, que é o Rio de Janeiro. Esse é o poder da corrida”, afirmou.

“Além disso, é um mercado que atrai as marcas, gera investimentos, cria empregos diretos e indiretos e gera renda. Precisamos cada vez mais buscar incentivos e benefícios para retroalimentar esse mercado, fortalecer as marcas e fortalecer o produto”, acrescentou.

Sem amadorismo

Falando para uma plateia repleta de organizadores de corridas de rua, o presidente da CBAt enfatizou que “não há mais espaço para amadorismo na organização de eventos” e que a união é cada vez mais necessária para que se conquistem maiores benefícios fiscais, coisa que o futebol já consegue faz tempo.

“É preciso união nesse mercado. Temos que agir cada vez mais nesse sentido. E por isso a parceria entre a CBAt e a Abraceo [Associação dos Organizadores de Corrida de Rua e Esportes Outdoor] é importante. Corrida de rua é atletismo”, destacou.

“Temos que trabalhar cada vez mais junto às Leis de Incentivo, fazer com que as políticas públicas sejam feitas em favor dos organizadores, dos corredores, da corrida de rua como um todo”, concluiu Motta Campos.

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