A Motiva Aeroportos, responsável pela gestão de 16 aeroportos no Brasil e três no exterior, promove em 2025 um circuito de corridas de rua dentro das pistas de pouso de seus terminais.
A iniciativa, que começou em 2024 com eventos em São Luís e Curitiba, foi ampliada neste ano para oito etapas e irá se repetir em 2026, com previsão de no mínimo repetir o mesmo número de provas. A definição das cidades depende da análise de horários de operação e viabilidade logística.
A empresa que administra esses espaços ressalta que a proposta do circuito difere de outras competições realizadas em áreas externas de aeroportos.
“A experiência difere porque acontece exatamente na pista do aeroporto. Já existia outras oportunidades para o público correr ao redor, na área externa de aeroportos. Mas na pista foi a primeira vez”, conta Ana Eliza Figueiredo, gerente executiva de pessoas e comunicação da Motiva Aeroportos, à Máquina do Esporte.
Etapas
O circuito de 2025 começou em março, em Joinville, e passou por Teresina, Palmas, São Luís, Goiânia, Londrina, Belo Horizonte (Aeroporto de Pampulha) e Curitiba, onde será encerrado no próximo dia 30.
As provas foram realizadas em horários de baixa operação, com largadas à noite, às 20h ou 21h, mas principalmente de madrugada.
“Pampulha foi à 1h da manhã. Mas as últimas que fizemos largaram às 2h30 da madrugada”, conta a executiva.
Em Curitiba, no encerramento da temporada, a largada dos 10 km será à 1h50, enquanto os 5 km iniciam a prova às 2h05.
Cada corrida abriu vaga para 2.000 a 3.000 participantes. A organização é feita em parceria com a Track&Field, empresa especializada na organização de corridas de rua. Os valores de inscrição variaram de R$ 200 a R$ 300, dependendo da cidade.

Logística
A realização das provas exige planejamento detalhado. O local da prova é liberado por até duas horas para a corrida, com mais uma hora adicional para inspeção. Não pode haver resíduos no terreno, que atrapalhem pousos e decolagens.
“A pista não pode ser liberada sem que tenha havido uma varredura dos profissionais”, explica Ana Eliza.
O processo inclui comunicação oficial via Notam (aviso aos aeronautas, na sigla em inglês) à ANAC, informando o fechamento temporário do aeroporto.
A segurança é reforçada com orientações aos corredores sobre uso de fones sem fio, descarte correto de embalagens e proibição de objetos soltos durante a prova. Por conta desse cuidado, a hidratação da prova é feita em uma arena fechada, onde os corredores se dirigem e fazem o descarte de copos sem sujar a pista.
“Temos tido muito sucesso com isso. É uma questão mais de educação e de orientação”, conta a executiva.
Experiência
Até 2 horas antes da largada, os participantes têm acesso a uma arena montada no pátio do aeroporto, com atrações como música, massagem, atendimento de trancistas de cabelo, café e brindes oferecidos pelos parceiros comerciais do circuito.
A presença de aeronaves estacionadas próximas à pista também é usada como atrativo visual aos participantes da experiência de correr na pista de pousos e decolagens. “O pessoal adora para tirar foto. As filas são enormes”, comenta.

Marca
A Motiva é o novo nome da antiga CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias), após rebranding realizado em abril. O nome anterior já não representava a diversidade de operações da empresa, que hoje inclui além dos aeroportos, rodovias, e linhas ferroviárias e metroviárias.
Em São Paulo, opera as linhas 4 (Amarela) e 5 (Lilás), do metrô; além das linhas 8 (Diamante) e 9 (Esmeralda), da CPTM. No Rio, detém a concessão do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).
No segmento aeroviário, opera os aeroportos de Pampulha (MG); Bagé, Pelotas e Uruguaiana (RS); Navegantes e Joinville (SC); Curitiba, Bacacheri, Londrina e Foz do Iguaçu (PR); Goiânia (GO); Palmas (TO); São Luís e Imperatriz (MA); Teresina (PI) e Petrolina (PE).
A empresa também é acionista de Confins (Belo Horizonte). No exterior, possui participação nos aeroportos de Willemstad (Curaçao), San José (Costa Rica) e Quito (Equador).
Segundo Ana Eliza, o circuito de corridas de rua tem ajudado a reforçar a marca e aproximar a empresa das comunidades nos locais em que atua.
“Trouxemos a oportunidade para o corredor estar ali, conhecer o aeroporto sob outro ponto de vista, cuidar da saúde. Foi uma forma de a gente se conectar com as comunidades”, destaca Ana Eliza.
“Ano passado ainda éramos CCR. Neste ano, como Motiva foi um bom momento para reforçar a marca”, completa.
