A estratégia da Adidas de investir em times da elite do futebol e nas principais competições da modalidade mostrou-se acertada na última semana, após as definições dos semifinalistas da Liga dos Campeões. O torneio entre clubes mais importante do mundo consagrou a Adidas como a grande fabricante de material esportivo da Europa. A empresa deverá ter larga vantagem, pelo menos em termos de exposição da marca, em relação aos concorrentes. Dentre os quatro clubes classificados para as semifinais da competição, três são patrocinados pela Adidas. Chelsea e Liverpool, que fazem uma das semifinais, além do Milan, que enfrenta o Manchester United na outra partida, estampam a marca da fabricante alemão. Ironicamente, a crítica aponta o Manchester, que veste a marca americana Nike, como o principal candidato ao título da competição. Além disso, a Adidas também irá aparecer na final com sua logomarca estampada na bola que será usada na partida e, ainda, no uniforme do trio de arbitragem. A empresa criou um modelo especial para a ocasião, chamado “Finale Athens”, em referência à capital grega e palco da grande decisão da Liga dos Campeões deste ano. A situação que será vivida pela fabricante alemã é similar à da final da Copa do Mundo de 2006. Em 9 de julho do ano passado, na decisão entre Itália (Puma) e França (Adidas), a marca das três listras foi quem teve maior exposição ao longo de toda a partida. O motivo, porém, não foi dos melhores: a cabeçada de Zidane em Materazzi e o uniforme do árbitro, Horacio Elizondo, foram seguidamente exibidos na TV, valendo à marca uma exposição maior do que a da campeã Itália, que veste Puma. A supremacia da empresa na decisão da Liga dos Campeões, porém, mostra que a estratégia de investir em vários clubes rendeu os frutos esperados. A Adidas foi a fabricante com o maior número de equipes na Liga dos Campeões. No total, dos 32 participantes, 11 vestiram o uniforme com as três listras.