“O Brasil precisa de pão e não de Pan”. Com essa frase, ambulantes protestaram nesta sexta-feira contra as restrições impostas para a produção e distribuição de artigos relacionados aos Jogos Pan-Americanos no comércio informal. No centro do Rio de Janeiro, os comerciantes reclamaram do fracasso nas vendas e atribuíram o pequeno fluxo de compradores à atuação da Prefeitura e ao Co-Rio (comitê organizador dos Jogos). “Não temos nenhum artigo concernente ao Pan. O que nós temos é artigo referente à Pátria. São bandeiras, chapéus, bolas, chaveiros, mas tudo concernente à Pátria porque a prefeitura não deu o direito de ninguém fazer nada aqui pela Saara”, disse Ênio Bittencourt, presidente da Sociedade de Amigos e Adjacências da Rua da Alf”ndega (Saara), à “Agência Brasil”. Se desagrada aos ambulantes, a ação de combate à pirataria é comemorada pela Dufry, operadora das lojas oficias do evento. Inaugurada oficialmente na última quinta-feira, a Megaloja Rio 2007 registra um movimento 20% acima do previsto. A previsão é de um aumento de 50% a partir do dia 13 de julho, quando começam os Jogos. Até o momento, há cinco lojas de produtos oficiais no Rio. Durante o evento, serão 59 pontos de venda nos locais de competição. A ação dos ambulantes também será vigiada no período da realização do Pan. No início da semana, Celso Schvartzer, gerente de Olympo, agência de marketing esportivo do Co-Rio e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), revelou à Máquina do Esporte que será criada uma área de segurança para delimitar a entrada de pessoas sem ingressos. A medida visa proteger os patrocinadores do evento e manter os comerciantes ilegais afastados dos torcedores que estiverem nos locais de competições.