“Vai ter gente presa no Corinthians”. Foi dessa forma que o novo presidente do clube, Andrés Sanches, se manifestou diante dos resultados parciais das investigações que estão sendo realizadas para a identificação de irregularidades nas contas da agremiação. Sanches já forneceu vários documentos para o Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) e também para o promotor José Reinado Carnerto, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Além disso, tem mantido contato diário com o Ministério Público e a Polícia. “Cada vez que encontro uma irregularidade, eu mando para eles. E eles têm me pedido uma série de documentos. Não posso estimar quantas pessoas vão ter prisão decretada, mas que vai ter, vai ter”, assegurou o presidente do Corinthians. Sanches pediu um prazo de três meses para que sua administração comece a sanear as contas do clube. Ele revelou ainda, na ?TV Gazeta?, que quer assumir o controle das despesas. Na última semana, Andrés Sanches foi indiciado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por infração no art. 233 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) e pode pegar até quatro anos de suspensão. O artigo no qual Andrés foi denunciado fala em “receber ou solicitar, para si ou para outrem, vantagem indevida em razão de cargo ou função, remunerados ou não, em qualquer entidade desportiva ou órgão da justiça desportiva, para praticar, omitir ou retardar ato de ofício, ou, ainda, para fazê-lo contra disposição expressa de norma desportiva”. Além do atual presidente, o ex-mandatário Alberto Dualib e o seu vice, Nesi Curi, também serão julgados por infração no mesmo artigo do CBJD. O departamento jurídico do Corinthians só deve se manifestar oficialmente sobre o assunto nesta terça-feira.