O wakeboard foi introduzido no Brasil há 15 anos. Porém, o amadorismo dos organizadores não extraiu o máximo do esporte, que tem como vantagem o fato de ser uma modalidade aquática normalmente praticada no interior. Agora, com uma reestruturação, principalmente em termos de mídia, o ?wake? pode passar por uma guinada radical com competições mais estruturadas, como pretende ser a Copa Nescau. Neste ano, o campeonato valerá como etapa para o Circuito Brasileiro da modalidade e acontecerá em Campinas, interior de São Paulo. O local escolhido é a Lagoa do Taquaral, no Parque Portugal. E a expectativa de público surpreende. ?Como é um lugar público, esperamos que cerca de 20 mil pessoas acompanhem a Copa Nescau de Wake em Campinas?, afirma Mário Manzolli, organizador da competição. Para exemplificar a reestruturação do esporte, o retorno de mídia do torneio de 2007 foi algo em torno de R$ 6 milhões. Nenhuma etapa gera menos que R$ 1 milhão em retorno de mídia, o que mostra o interesse de grandes marcas em patrocinar eventos de esporte. ?No ano passado, a Mitsubishi foi quem patrocinou a competição. Agora, temos o patrocínio da Nescau e da Oakley, além de apoio das revistas Wake Brasil e Wake na Veia e parcerias com ESPN e Bandsports. Isso tem ajudado o esporte a se popularizar?, diz Manzolli. Um dos grandes atrativos para as empresas é a possibilidade de falar com um público jovem, ligado à cultura de esportes como o surfe, mas sem a proximidade do litoral. É justamente por isso que locais como Campinas têm chamado a atenção dos organizadores. Em 2006, o wakeboard começou a ganhar fôlego por diversos fatores, entre eles a estabilidade da economia brasileira, a queda do dólar, o fato do Brasil ser um país quente e ter vários pontos ideais para a prática do esporte, o apelo entre os jovens e a popularidade com a conquista da medalha de ouro pelo atleta Marreco no Pan-Americano no Rio de Janeiro.