Uma das mais brilhantes viradas em termos de marketing no esporte. Depois de ser acusado de estupro há quatro anos e ver ruir toda a imagem construída ao longo da carreira, Kobe Bryant comemora a volta ao topo comercial da NBA. De acordo com dados oficiais da liga americana de basquete, a camisa 24 do Los Angeles Lakers foi a mais vendida da temporada 2006/07, encerrada na última semana. O jogador desbancou Dwyane Wade, LeBron James e Shaquille O”Neal, últimos campeões de vendas na loja oficial da NBA em Nova Iorque e no site NBAStore.com. O próprio Bryant já havia ocupado o posto em 2002/03, um ano antes de sofrer o golpe das acusações. Naquela época, o jogador planejava uma nova fase comercial na carreira. Após seis anos de contrato com a Adidas, Bryant assinou com a Nike por US$ 45 milhões (cerca de R$ 90 milhões), acordo válido por cinco anos, e passou a integrar o casting milionário da marca americana, que se fez no basquete com o astro Michael Jordan. Além disso, mantinha acordos firmados com empresas como Coca-Cola, McDonald”s, Spalding e Nutella, que decidiram romper seus vínculos com o armador do time de Los Angeles devido ao esc”ndalo sexual. A estimativa dos analistas, na época, era de que Bryant perderia cerca de US$ 100 milhões (aproximadamente R$ 200 milhões) em patrocínios com as acusações. Nike e Upper Deck foram as únicas a continuar com o jogador após as denúncias. Apesar de manter a parceria, a fabricante de material esportivo aguardou o desfecho do caso para estrear uma campanha protagonizada por Bryant. Em julho de 2005, com o processo criminal retirado, foi veiculado na Sports Illustrated o primeiro anúncio da Nike com o atleta contratado dois anos antes. Segundo especialistas em marketing esportivo dos Estados Unidos, a razão para a inesperada volta por cima do atleta pode estar ligada à mudança do número usado pelo jogador, que abandonou o tradicional 8 para adotar o atual 24. Depois de 11 anos atuando pelo clube de Los Angeles com o mesmo número, seria difícil retomar a ponta fora das quadras sem uma reestruturação drástica de imagem, a começar pelo uniforme usado nos jogos. A mudança também seria um pedido da Nike, já que a Adidas, antiga patrocinadora do atleta, continua vendendo produtos com o número 8 que o consagrou na maior liga de basquete do mundo. O suporte da Nike também foi fundamental para a recuperação. Em 2006, a empresa lançou o primeiro produto com o nome do jogador: o tênis Zoom Kobe I. Em abril deste ano, chegou às lojas o Zoom Kobe II, segunda edição do modelo criado na temporada passada. A ascensão do jogador levou a marca a renovar o contrato com Bryant, de 27 anos, antes do seu vencimento. O filho do ex-jogador Joe “Jellybean” Bryant, do Philadelphia 76ers, também estudava a proposta da Li-Ning, que já tem contratos com Damon Jones e O”Neal. Os novos termos não foram revelados. No entanto, sabe-se que a Nike já planeja para janeiro de 2008 o lançamento do Kobe III e outras ações envolvendo o atleta da NBA, aproveitando o bom momento mercadológico de Bryant.
Após quatro anos, Bryant volta ao topo
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