Atletismo busca parcerias locais

Na última segunda-feira, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) renovou o contrato de patrocínio com a Caixa Econômica Federal e, para isso, ganhará R$ 10,5 milhões por ano. Apesar de ser um dos maiores acordos entre uma entidade e uma estatal, o esporte necessita de parcerias locais para conseguir realizar seus torneios. “Esse patrocínio da Caixa é diluído em programas específicos. No contrato diz que tanto deve ser gasto em determinado programa. Dessa forma, precisamos de parcerias, caso contrário não conseguiríamos cumprir nossos projetos”, afirma Martinho Santos, secretário-geral da CBAt. Entre esses parceiros, o Governo do Pará surge como um dos maiores apoiadores do atletismo. Como a capital paraense recebe o principal grand prix do ano, o estado é responsável por boa parte dos custos do evento. “Para se fazer um evento como esse são necessários R$ 2,2 milhões. No ano passado, o governo pagou cerca de R$ 1,4 milhão e o resto veio do dinheiro do nosso patrocínio. Esse ano o estado deverá pagar aproximadamente isso”, diz Santos. Como o atletismo agrega 47 modalidades, a CBAt busca parceiros em diversas regiões do país para poder cumprir o calendário extenso de competições da temporada. A Secretaria de Esportes de São Paulo, o Sesi e a Universidade de Fortaleza são alguns desses apoiadores. Mesmo com todo esse aporte, a CBAt não privilegia os trabalhos de marketing ligados às modalidades, até porque as poucas atividades dessa área devem ser ligadas à Caixa, como exige o contrato de patrocínio. Um desses projetos é o “Heróis do Atletismo”, que privilegia os ídolos do passado do esporte. “A Caixa paga mensalmente para seis ex-atletas realizarem atividades por todo o Brasil. Eles fazem ações para divulgar as competições nas cidades, além de visitar agências da Caixa para conversas com funcionários e clientes, por exemplo”, explica o secretário-geral da CBAt. Foram escolhidos ex-atletas como Joaquim Cruz, Claudinei Quirino, Nelson Prudêncio, entre outros, que recebem R$ 4 mil mensais. A única exceção é Robson Caetano, que ganha um valor superior a este.

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